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V Seminário Internacional Ligações Migratórias Contemporâneas trouxe discussões sobre migrações entre Brasil, Estados Unidos e Europa

FOTO: Divulgação

Evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais na Univale

Em busca de oportunidades e melhores condições de vida, os valadarenses se destacam quando o assunto é migração. Na última semana do mês de junho aconteceu na Univale a quinta edição do Seminário Internacional Ligações Migratórias Contemporâneas: Brasil, Estados Unidos e Europa. O evento contou com a participação de pesquisadores da universidade e de outras instituições nacionais e internacionais, que se reuniram para discutir as questões migratórias atuais. A proposta foi trazer semelhanças e diferenças nos movimentos migratórios, tanto na origem quanto no destino. 

A professora Sueli Siqueira, que trabalha com estudo do fenômeno migratório desde a década de 60, foi uma das principais responsáveis pelo evento. Referência na pesquisa sobre o tema, ela ressalta que ao longo de mais de 50 anos de movimento migratório as características mudaram. Na oportunidade, ela ressaltou a importância de reunir diferentes perspectivas, trazendo pesquisadores de outras instituições brasileiras e do exterior para debater a migração do século XXI. 

FOTO: Divulgação/Univale

Os dados da concessionária que administra o aeroporto de Confins, onde chegam os brasileiros deportados dos Estados Unidos, mostram que o número de pessoas expulsas do país norte-americano é alarmante. São quase nove mil pessoas deportadas entre outubro de 2019 e maio deste ano. Para o professor Duval Fernandes, pesquisador da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), esses dados mostram a necessidade de trabalhar o acolhimento a essas pessoas.

“Mostra que efetivamente há a necessidade de se ter uma ideia de esclarecimento, de se ter um momento de recepção dessas pessoas no aeroporto. Eles chegam e ficam alí. Normalmente esses vôos chegam tarde da noite, não tem nem mesmo um local pra comer alguma coisa, não tem transporte. Eles ficam no aeroporto aguardando alguém que possa buscar, ou outro dia pra tomar um ônibus ou alguma outra coisa. Então não há um acolhimento também, nós não temos um posto avançado de acolhimento a imigrantes e pessoas retornadas, então essa é uma política necessária”, ressalta o pesquisador. 

FOTO: Divulgação/Univale

O cenário migratório europeu também foi destaque durante o seminário. Jorge Macaísta, professor e pesquisador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa falou sobre as novas modalidades migratórias do século XXI. 

“Nós trabalhamos com duas escalas. A escala dos fluxos globais e, portanto, qual é a mobilidade, por exemplo dos brasileiros para os EUA, dos brasileiros para diferentes destinos na europa. Também um pouco, num número mais pequeno, alguma migração portuguesa que houve pra cá, sobretudo no contexto da crise, agora bem menor. E trabalhamos também o retorno das pessoas e as migrações de mais curta duração. As pessoas passam uma temporada de três, quatro anos, depois regressam ao Brasil, e depois podem ir para os EUA. É o que chamamos de circulação migratória, que é diferente de ir e ficar a vida toda, ou ir e ficar 20 anos e depois regressar. Trabalhamos a este nível que é perceber os fluxos de circulação”, explica.

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