O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva interrompendo temporariamente a emissão de Vistos de Trabalho sob o programa H-1B, destinado a trabalhadores altamente qualificados. Desta forma ele cortou uma fonte importante de mão de obra estrangeira para empresas de tecnologia que já se queixam da falta de talentos nesta área nos Estados Unidos.
Os portadores de visto que já estão nos EUA e os solicitantes que já receberam um visto estão isentos desta proibição.
As restrições devem durar até o final do ano, o que interromperia o processo típico do governo de conceder novos vistos no início do calendário fiscal nacional, que começa em outubro.
Funcionários do governo Trump disseram ao Wall Street Journal que a medida visa proteger os empregos dos cidadãos norte-americanos, mas os executivos do setor de tecnologia há muito tempo alertam que este tipo de restrição prejudica a capacidade do país de competir em setores com significado estratégico e financeiro.
As autoridades de tecnologia chegaram a citar restrições de imigração como um fator que forçaria as empresas a realocar mais de suas operações para o exterior. “O setor de tecnologia está trabalhando horas extras para manter os norte-americanos conectados durante uma pandemia global, fornecendo serviços de entrega de alimentos, serviços de telessaúde, soluções de negócios colaborativos e maneiras de famílias e amigos permanecerem conectados”, disse Linda Moore, presidente e diretora-executiva do grupo de lobby do setor de tecnologia, TechNet, em um comunicado. “No futuro, a tecnologia continuará sendo crucial para a reconstrução de nossa economia. A ordem executiva de hoje apenas impede a capacidade das empresas de tomarem decisões sobre a melhor forma de implantar sua força de trabalho existente e contratar novos funcionários. Isso desacelerará a inovação e prejudicará o trabalho que a indústria está fazendo para ajudar nosso país a se recuperar de eventos sem precedentes”.
As estimativas fornecidas ao Wall Street Journal indicam que cerca de 525.000 estrangeiros não poderão entrar no país como resultado das restrições de viagem expandidas pelo presidente, incluindo 170.000 portadores de Green Card, que não podem entrar desde abril.
O funcionário do governo Trump, citado pelo Journal, chamou a iniciativa de “primeira recuperação da América” que potencialmente abriria 500 mil empregos para norte-americanos desempregados. (Fonte: Brazilian Times/USA).
