Trabalhadores informais representam 40% da população ocupada no Brasil. Entenda o porquê

O Brasil tem 39,3 milhões de trabalhadores informais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só neste ano houve um aumento de mais de um milhão de novos trabalhadores informais no país e, dessa forma, houve uma queda no desemprego.

É considerado trabalhador informal o cidadão que não tem carteira assinada nem CNPJ, é auxiliar familiar e empregador.

Ainda de acordo com o IBGE, os trabalhadores que estão na informalidade representam 40% do total da população ocupada. O crescimento desse tipo de trabalho reduziu a taxa de desemprego em 1,9 milhão de pessoas entre o primeiro trimestre do ano e hoje. Ao todo, a taxa de desemprego no Brasil está em 9,3%. 

“Eu trabalho como informal há dois anos e meio. Trabalhei a vida inteira com carteira assinada e na pandemia comecei com a informalidade. Comecei com um produto e trabalhando de porta em porta, e com o tempo e indicações fui crescendo. Tive que me reinventar. Hoje não tenho a segurança da carteira assinada, mas a qualidade de vida é melhor. Posso fazer meu próprio horário, posso cuidar da casa e dos filhos, ter uma vida mais saudável”, disse Cristiane Melo de Aguilar, vendedora de cosméticos. 

Tatiane Aries vende balas no centro de Valadares. Segundo ela, ama o emprego, pela liberdade que oferece: “Eu trabalho há sete anos vendendo balas baianas, conhecidas como beijinho. Já vendi por cinco anos no Sul de Minas, em Poços de Caldas. Os pontos positivos do meu emprego são independência, liberdade e não ter compromisso com patrão. Adoro o que faço, trabalho com prazer”.

Trabalho formal X trabalho informal

Para Beatriz de Almeida, economista do Parque Científico e Tecnológico de Valadares, “os empregos informais são um problema dos países de segundo mundo e economias mais instáveis. Com o que passamos na pandemia vimos um número de negócios informais crescerem; acontece naturalmente nos períodos de crise”.

Segundo ela, os benefícios do emprego formal são inúmeros e ajudam a fortalecer a economia: “Os empregos formais pagam melhor, dão mais segurança ao trabalhador, geram qualidade de vida e desenvolvimento para o município. Em Valadares a média salarial de um emprego formal é de R$ 2.200, e do informal, de R$ 1.200”.

Em entrevista ao Diário do Rio Doce, a economista afirmou que a expectativa é que os empregos formais em Valadares cresçam até o final do ano e que aqueçam a economia da cidade.

Beatriz de Almeida/ DRD-TV Leste

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