Projeto aprovado tem foco na sustentabilidade
O projeto de instalação de usinas energeticamente autossustentáveis em 60 fóruns e a aquisição de energia no mercado livre, seja fotovoltaica ou eólica, para 28 prédios do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi aprovado nessa terça-feira (19/4) pelo presidente do TJMG, desembargador Gilson Soares Lemes.
O projeto foi elaborado pela equipe da Diretoria Executiva de Engenharia e Gestão Predial (Dengep) com o auxílio da Diretoria Executiva de Finanças e Execução Orçamentária (Dirfin), com foco na sustentabilidade e na eficiência energética.
O TJMG já conta com 55 fóruns alimentados por energia fotovoltaica. Esses prédios têm condições de produzir o suficiente para o próprio consumo e ainda fornecer energia por meio de compensação remota para outras edificações. Essas instalações representaram uma economia de R$ 1,4 milhão em 2021. O projeto aprovado nesta terça-feira vai representar economia estimada de R$ 84 milhões em 25 anos, com investimentos estimados em R$ 11 milhões para a instalação das usinas.
As novas usinas poderão reduzir a emissão de gás carbônico (CO2), apontado como um dos responsáveis pelo aquecimento global, acelerado nas últimas décadas. A licitação deve ocorrer no mês de setembro. Já a aquisição de energia no mercado livre, que pode se dar de forma mais competitiva e vantajosa, está prevista para a primeira quinzena de julho.
O presidente Gilson Lemes enfatizou sua satisfação em concluir a etapa de estudos, o que permitirá a elaboração da documentação técnica para a publicação das licitações. Ele afirmou que a iniciativa está em consonância com a Resolução 400/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a política de sustentabilidade no âmbito do Poder Judiciário, e com o Planejamento Estratégico do TJMG.
“O uso de energias renováveis, por meio da geração própria ou da compra no mercado livre, faz parte do nosso Programa de Logística Sustentável (PLS), que apresenta diversas outras iniciativas no âmbito predial”, acrescentou.
Para o superintendente administrativo adjunto, desembargador José Arthur Filho, trata-se de uma conquista que trará ganhos em curto, médio e longo prazo para o TJMG, para a população que trabalha e transita nas edificações e para a coletividade.
“É o resultado advindo de várias reuniões realizadas internamente no Tribunal e junto à Cemig. Estamos iniciando uma inovação importantíssima, passando a gerar e a consumir energia limpa, trazendo, além disso, significativa economia para o Judiciário estadual mineiro. Fico muito feliz de estar participando deste momento e acho que o TJMG é a primeira corte de justiça do País a levar tão a sério essa preocupação com a energia limpa, sustentável e de baixo custo”, ressaltou o desembargador José Arthur Filho.
O juiz auxiliar da Presidência responsável pela Dengep, Jair Francisco dos Santos, destacou que a proposta aprovada foi resultado de um trabalho coletivo extenso e de muitos estudos e debates. “Nosso objetivo foi que o Tribunal passasse a consumir energia 100% limpa com o menor investimento possível.”
Estiveram presentes, ainda, os desembargadores Catta Preta e José Américo Martins da Costa, as juízas auxiliares da Presidência, Marcela Maria Pereira Amaral Novais e Rosimere das Graças do Couto; o diretor-executivo de Engenharia e Gestão Predial, Marcelo Junqueira; o coordenador de Instalações Prediais, Augusto de Caux; a assessora técnica da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (Segove) e responsável pelo PLS do TJMG, Selmara Alves Fernandes; e o assessor técnico da Dirfin, José Carlos Alves.