Muito correto com horários e com suas contas, homem de muito respeito e honestidade, meu pai nos criou dentro de um regime bem rígido (quem conhece nossa história sabe bem).
Nunca foi de muitas brincadeiras, talvez fosse seu jeito ou quisesse se impor como autoridade mesmo; às vezes meu irmão mais velho conseguia arrancar um sorriso dele.
Gostava mesmo era de cuidar de algumas criações e ouvir seu sertanejo de raiz nos finais de sábado e domingo, lá na varanda de casa.
Por muitas vezes me mantive mais afastado do meu pai, por algumas decisões tomadas de forma repentina e pela maneira como decidia o que, quando e como deveria ser feito. E tinha que ser do jeito dele!
Mas, quando o assunto eram os estudos dos filhos, se sacrificava para ajudar a pagar, como na faculdade, em que meu salário todo ainda não chegava ao valor da mensalidade e ele complementava todo mês. Muitas vezes fui e voltei a pé para a Univale porque as condições estavam difíceis, mas tínhamos incentivo em casa, porque meus pais sempre diziam que a única riqueza que poderiam nos deixar eram os estudos!
Por volta de 2013, percebemos alguns lapsos de memória no pai, alguns comportamentos mais agressivos e algum tempo depois nos deparamos com o diagnóstico: pai estava com Alzheimer.
E aí começava uma saga de muitas dores, surpresas, medo e incerteza. Só descobre o que é de fato essa doença, quem convive com o doente. Ela não toma só a mente e causa o famoso esquecimento, mas torna o paciente agressivo, traz muita confusão mental e eles se perdem no tempo e no espaço! E isso gera gritos, noites de sono perdidas e muito, muito desespero! Até que o paciente vai perdendo um pouco a segurança e torna-se acamado!
Como ver seu pai em uma cama e em uma cadeira de rodas, lembrando que há poucos anos atrás ele caminhava 8 km ou mais por dia? Como ver que um dos pilares da casa começava a enfraquecer? Eu estava acostumado com meu pai militar, forte, bravo e por mais que seu jeito tenha me afastado um pouco dele, apesar de sempre manter a obediência e o respeito, era tudo novo pra nós e isso nos causou muitas noites de lágrimas e orações.
Em um determinado momento, a doença se confundia com o jeito do Nerão! Será que era a doença ou ele era assim mesmo? Eu me aborrecia muito com meu pai, porque ele passou a ser muito grosseiro com as pessoas e de forma repentina machucava muito a gente!
Mas, como Deus é perfeito em tudo e eu não poderia guardar essas lembranças, esse ano, Deus me deu a oportunidade de cuidar do meu pai, como meu filho!
No dia 7 de fevereiro deste ano, decidi levá-lo pra morar comigo e com o Leandro e com a ajuda de muitaaaa gente e da minha família, ele virou nosso menino.
E nesse tempo, tive muitas experiências marcantes como trocar a fralda do meu pai, ajudar no banho, dar comida na boca e sair correndo para o hospital. Eu o vi chorar, e muito! Eu o vi pedindo perdão pelo seu jeito e eu o vi nos orientando a sempre procurar uma igreja e nunca ficar longe de Deus!
Nesses dias a gente já riu muito com ele, já brincamos, já ajoelhei ao lado da cama dele e chorei muito (era preciso curar toda mágoa do passado). Ele passava a mão na minha cabeça e dizia: “chora não, meu filho”.
Ele só não entendia que agora, ele é nosso filho, apesar de ainda continuar bravo e mandão, rsrs. Eu entendi que durante 38 anos e 8 meses tive um pai Militar, mas nos últimos 4 meses, ele foi meu pai e só meu pai, porque eu passei a vê-lo de outra maneira! E são essas lembranças que irão ficar!
Meu pai completou 30 anos de trabalho na Polícia Militar, recebendo diversas homenagens por nunca ter recebido nenhuma punição. Na época, este querido DIÁRIO DO RIO DOCE fez a homenagem ao meu pai.
Ao completar 246 anos de existência e proteção à sociedade, minha homenagem à gloriosa PMMG na pessoa do seu fiel escudeiro, Sargento Nério, meu pai!
E não é que isso é bem o jeitinho dela? Dra Lúcia é uma pessoa forte e ao mesmo tempo de palavras doces, forte e iluminada. Venceu grandes desafios com sua fé inabalável. Sua história é um exemplo pra mim.
Conheçam o trabalho dela seguindo o insta @luciabotelhodealmeida ou busque por laços e mimos da vovó. Você irá se apaixonar!
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Saudade de quanto a gente se encontrava mais! Tenha certeza que torço pelas suas conquistas e pela sua felicidade. Você vai voar alto ainda! Deus abençoe sua vida!
Paula é uma amiga especial, mulher de fé e uma profissional de excelência! Eu sou fã dela e aprendi muito com sua experiência ao longo da minha trajetória. Parabéns e muitas felicidades! Que Deus abençoe sua vida poderosamente! Saudades!
Parabéns querido! Muitas felicidades! Que esse registro seja nosso sinal de luta e resistência contra a maldade que nos assola!
Rafa é daqueles primos atenciosos, que tem um carinho por todos (e isso desde pequeno) e agora segue firme como atleta da família!
Menino do coração bom, humano e de muita fé! Sabe ser resiliente e superar as dificuldades com sua sabedoria e palavras doces e de paz!
Se vó Raimunda estivesse aqui, ia falar que ontem foi niver do Fafinha, porque era assim que ela o chamava.
Deus te abençoe muito Rafa! Que sua vida seja abençoada e onde você for que a presença de Jesus e Maria o acompanhe! Sei que você é muito devoto e essa fé é o que lhe mantém firme. Felicidades!!!
Bárbara sempre foi companheira desde 2010, quando a conheci. Se estou em apuros, ela entra em ação e dá um jeito de resolver a situação. Se eu estou doente, já pega o cartão do plano de saúde e marca as consultas e quando vê que não vou, ela marca a consulta pra ela e pra mim ao mesmo tempo com a mesma médica!
Uma menina alegre, cheia de vida e que merece ser feliz. Filha da Marinete (meu crédito, minha vida) e cria da Regina e da Jacqueline, essa menina tem uma trajetória especial, tanto no profissional quanto no cuidado com as pessoas. Muitas felicidades pra você, Nena! Que você viva os melhores sonhos de Deus e que Ele conceda os desejos do seu coração. Parabéns!