O octogésimo nono aniversário do voto feminino no Brasil é motivo para comemoração. O jeito feminino de ser, e votar, obviamente, evoluiu nossa sociedade. Provavelmente evitou guerras, ampliou a solidariedade na política, as construções ficaram mais bonitas, a educação mais universalizada. Muitos ganhos. Mas qual é o papel feminino na resistência da civilização ocidental?
Disse Chesterton, “chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde”… Talvez infelizmente, o dia chegou. Ao contrário do que os aproveitadores radicais vomitam, é óbvio que existem diferenças entre homens e mulheres. Isso é um fato biológico evidente até para uma criança de cinco anos. Independente do papel social que cada indivíduo queira assumir, hormônios e outras questões interferem no modo que homens e mulheres comportam. A grande maioria dos criminosos presos ser do sexo masculino, certamente é uma evidência disso, pois mulheres são mais pacíficas, o que pode explicar menor envolvimento com criminalidade.
Esse fato sugere que essa maior propensão pela passividade, influencia na segurança social, ou pelo menos na escolha das políticas de segurança… Claro que influencia! Veja só… As mulheres ganharam voz no ocidente, vozes que pende o centro do poder para atender as demandas femininas. E assim deve ser mesmo, pois ganhar voz e não ser atendido no que se pede é inútil. Diga sinceramente… Geralmente se ouve vozes femininas pedindo novas armas para defesa dissuasiva? A julgar pelo padrão comportamental médio das eleitoras nos últimos 50 anos a resposta é não. É fato que isso não é prioridade para o público feminino.
Se aqui nos países do ocidente as mulheres conquistaram o direito de ter voz. Em outras bandas, ninguém têm voz. Os líderes dessas ditaduras tem uma única obrigação: parecer ser forte. Nada de dancinhas ridículas em comícios, nem de se defender de jornalistas intrometidos. Não precisam de maquiagem e nem falas polidas. Esses sim estão armando seus exércitos com mísseis que atingem 20.000 km por hora (meio mundo). Fazendo aviões incríveis, se preparando para o dia que estivermos fracos.
A ameaça a nossa cultura é real, sutil e emergente. A única maneira de evitar o destino aniquilador, é ensinar a cada eleitor e eleitora ocidental a importância de desprezar pessoas de geléia¹, que estão mais preocupadas consigo que com o bem público. Isso porque somente é possível respeitar pessoas boas, quando se sabe desprezar as ruins, tratá-las como iguais já é um desrespeito injusto.
1- Pessoa de geleia: é um termo pejorativo que remete a alguém que deixa de praticar o bem com receio de arcar com os custos do conflito, ou seja, preferem tolerar a injustiça que perderem a pose de pacifistas.
(*) Ricardo Dias Muniz
Especialista em Gestão Estratégica, Engenheiro de Produção, estuda Direito e Ciências Políticas. Contato: munizricardodias@gmail.com.