Sind-UTE/MG faz denúncia contra programa estadual de teleaulas

Sindicato apresentou denúncia ao Ministério Público Estadual e ao Ministério do Trabalho

Nessa quarta-feira (27), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) apresentou denúncia contra o governo do Estado. As denúncias foram feitas ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público Estadual. A justificativa, de acordo com o Sind-UTE, seriam “os graves transtornos que os regimes especiais de atividades não presenciais e de teletrabalho têm trazido à categoria e aos estudantes”.

O governo de Minas, por meio do Comitê Extraordinário da Covid-19 e da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), emitiu atos normativos com o objetivo de implementar os regimes citados. No entanto para o sindicato, “os regimes não dialogam em nada com a realidade social dos educadores e dos estudantes”.

O Sind-UTE/MG fez uma série de reclamações contra o teletrabalho e as teleaulas. De acordo com o órgão, esse regime “impõe aos educadores a responsabilidade de arcarem com plano de internet para atender aos estudantes. Além de cargas horárias extenuantes, acompanhamento de dezenas de grupos de whatsapp, correção de atividades de madrugada”.

Além disso, eles afirmam que “nenhum profissional foi treinado para lidar com as novas plataformas”, e que “isso significa um comprometimento grave da saúde e bem-estar das trabalhadoras e trabalhadores em educação”.

Sindicato afirma que estudantes também são prejudicados

Ao denunciar o governo do Estado, o sindicato também afirmou que “a proposta de teleaulas precariza o trabalho e desresponsabiliza o Estado de garantir suporte tecnológico e econômico para a categoria. Além disso, exclui cerca de 700 mil estudantes do modelo de ensino que exige uso de internet, aplicativos e sinal da TV Rede Minas, o qual não chega a 670 municípios mineiros”. De acordo com o Sind-UTE, a entrega do Plano de Estudo Tutorado (PET) nas escolas ainda propicia a quebra do isolamento social.

Como outra agravante, o sindicato aponta um problema em relação à diretriz pedagógica do programa “Se liga na Educação.” De acordo com eles, “as aulas transmitidas não foram produzidas pelos educadores da rede pública estadual, o que gerou e continua gerando uma incompatibilidade na ponta do processo. Os alunos têm dificuldade de acompanhar a dinâmica e os professores recebem muitas dúvidas. Isso causa ainda mais sobrecarga e perda da qualidade da educação pública”.

Confira o comunicado da coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano:

(com informações, dados e vídeo do Sind-UTE/MG)

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