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Sexta-feira Santa: convite a reviver a paixão do Senhor e com Ele percorrer o caminho de seu calvário

FOTO: Divulgação CNBB

Sexta-feira Santa, como estabelece a liturgia do Tempo Litúrgico na Igreja, é o dia do silêncio e da adoração, dia no qual se medita com a Via-Sacra a Paixão de Cristo e se repercorre com Jesus o caminho da dor que leva à sua morte, uma morte que, sabemos, não é para sempre. A  cor vermelha marca a celebração da Paixão do Senhor e o dia é marcado por jejum e abstinência. Segundo antiquíssima tradição, a Igreja na Sexta-feira e no Sábado não celebra os sacramentos. Na tarde deste dia, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tardias, procede-se a celebração da Paixão do Senhor, que consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.

Nesta Sexta-feira Santa, dia 7 de abril, as igrejas estão silenciosas. Na liturgia não há canto, não há música e não se celebra a Eucaristia, porque todo espaço é dedicado à Paixão e à morte de Jesus. Ajoelhamo-nos, para simbolizar a humilhação do homem terreno e a coparticipação ao sofrimento do Senhor. Porém, não é um dia de luto, mas um dia de contemplação do amor de Deus que chega para sacrificar o próprio Filho, verdadeiro Cordeiro pascal, para a salvação da humanidade.

A adoração da Cruz

A Cruz está presente na vida de todos os cristãos desde a purificação do pecado no Batismo, absolvição do Sacramento da Reconciliação, até o último momento da vida terrena com a Unção dos enfermos. Na Sexta-feira Santa somos convidados a adorar a Cruz para o dom da salvação que conseguimos através da sua vinda.

Depois da ascese quaresmal o cristão está preparado para não fugir do sofrimento. Nesta ano durante a liturgia os fiéis não tocarão a Cruz, não a beijarão, não estarão presentes nas igrejas por causa da pandemia do coronavírus, mas como pediu Francisco vamos abrir o coração na oração: “Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho. A liturgia doméstica será essa”. “Nos fará bem olhar o crucifixo em silêncio e ver quem é o nosso Senhor: é Aquele que não aponta o dedo contra ninguém, mas abre os braços para todos”, disse na catequese de quarta-feira.

No calvário com Jesus e com quem passa fome

Também é na Sexta-feira da Paixão que, em muitos lugares do Brasil e do mundo, grupos realizam a encenação da Via-Sacra que revive, por meio das estações, o caminho do calvário de Cristo. O Setor de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Edições CNBB produziram uma publicação especial sobre a Via-Sacra baseada no tema da Campanha da Fraternidade 2023 que é a fome.  Uma das colaboradoras na organização do material, foi a Ulsieni Rosani de Souza Vigneron, da diocese de Campanha (MG). “Sugiro que cada um ao rezar a Via-Sacra também faça momentos de reflexão, silêncio e reze por sua comunidade. E, principalmente, pense o que cada um pode fazer para colocar o pão na mesa daquele que não tem o que comer”, disse.

O coordenador do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul, lembra que este ano também foi feito um esforço, pela Maria de Roma, de Varginha (MG), de compôr os refrões meditativos para cada estação da Via-Sacra da CF 2023. “Os refrões fazem a junção e comunhão entre o mistério de Jesus Cristo, que morre na cruz, e o mistério do faminto e dos empobrecidos que hoje também padecem com suas cruzes”, disse o padre.

Origem e história

A Paixão de Cristo foi introduzida na Europa pelo dominicano beato Alvaro De Zamora da Cordoba em 1402 e mais tarde pelos Frades Menores e compreende 14 momentos ou “estações” nas quais nos detemos para refletir e rezar. São uma sequências de crescentes imagens dramáticas que culminam com a morte de Cristo, em cada uma delas Jesus é atacado pelo mal, para evidenciar, por contraste, a vitória d’Ele sobre a morte e sobre o pecado que será celebrada daqui a dois dias com o Domingo da Páscoa da Ressurreição.

FONTE: CNBB

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