SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay, que foi baleado neste domingo (08) durante um evento de campanha, havia pedido o reforço de sua segurança diversas vezes ao órgão responsável, segundo seu advogado.
Só em 2025, foram 23 pedidos, disse a defesa de Uribe. O advogado Víctor Mosquera contou ao jornal local Notícias RCN que a última solicitação à Unidade Nacional de Proteção foi feita em 5 junho, três dias antes do ataque ao político.
Desde 2023, Uribe era classificado pelo órgão como pessoa em “risco extraordinário”. No entanto, mesmo após a confirmação de sua candidatura à presidência do país, em 2024, a segurança não foi reforçada.
“Isso é muito sério. Precisamos identificar se esses eventos ocorreram por omissão. (…) Havia um estado de absoluto desamparo”, disse o advogado Víctor Mosquera, ao Notícias RCN.
Advogado apresentou queixa criminal. Ele acusa o diretor da Unidade de Proteção Nacional, Augusto Rodríguez, de omissão e pede investigação.
Governo colombiano chamou o ataque contra Uribe de “atentado”. “Um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia e à liberdade de pensamento”. O presidente Gustavo Petro prestou solidariedade ao político e sua família.
URIBE ESTÁ EM ESTADO CRÍTICO E NÃO RESPONDE AOS TRATAMENTOS
Boletim médico chamou quadro de ”extremamente grave”. A atualização foi dada nesta manhã pela rede de saúde Fundação Santa Fé de Bogotá, com autorização da família do político que foi atingido por disparos de um adolescente de 15 anos.
Miguel, que foi baleado na cabeça e na coxa, tem dado pouca resposta às intervenções e tratamentos médicos. “Continuamos comprometidos com a realização de todos os esforços necessários que conduzam a sua evolução”, escreveu a direção do hospital.
Equipe médica não detalhou a situação e disse que o diagnóstico ficará ”reservado”. A vítima havia sido atendida inicialmente em uma clínica em Fontibón e, depois, foi transferida para a Fundação, onde já passou por cirurgias neurais e vasculares.
A esposa de Miguel, Maria Claudia Tarazona, disse que ele ”precisa de um milagre”. Nas redes sociais, ela publicou foto dos filhos e do marido, pedindo por orações. ”Nosso amor me mantém firme, a família que construímos é minha maior força, nesta segunda-feira (09) você está lutando como um guerreiro pela sua vida”, falou.