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Seminário na Univale discute impactos da migração em mulheres

FOTO: Divulgação Univale

GOVERNADOR VALADARES – O 3º Seminário Gênero, Mobilidade e Territórios, realizado na UNIVALE sexta-feira (24), discutiu o impacto de fenômenos migratórios em mulheres, abordando as questões de gênero, como fuga da violência doméstica, racialização e sexualização de emigrantes. Além da configuração de famílias transnacionais. A organização do Seminário ficou a cargo do Núcleo de Desenvolvimento Regional (Neder), laboratório vinculado ao mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT). ,E em parceria com o Observatório das Migrações da Universidade do Estado de Santa Catarina (Obmigra/Udesc).

A professora Sueli Siqueira considera que a questão de gênero está muito presente nos movimentos migratórios, mas é comumente invisibilizada, principalmente em comparação com os aspectos econômicos dos deslocamentos em grandes distâncias.

“Quando a gente pensa no fenômeno migração, que é essa mobilidade que estudamos aqui de longa distância, a migração internacional, nós temos uma série de outros elementos que perpassam essa mobilidade. E o gênero é um desses movimentos. Como a mulher se coloca nesse movimento, como uma mãe também faz parte desse movimento, como fica a maternidade dentro desse processo. São questões também ligadas ao preconceito, à questão racial voltada para o gênero. Esse movimento migratório está entrelaçado por todas essas questões”, avaliou a pesquisadora.

A programação do Seminário de Gênero e Mobilidade

Os debates do Seminário Gênero, Mobilidade e Territórios incluíram apresentação da egressa do GIT, Érika Benigna, com adolescentes do coletivo Abaoyomi de mulheres negras, falando sobre “Experiências de adolescentes negros vivenciando o corpo território na escola”. Também egressa do GIT, Regiane Rither Damascena abordou o tema “Violência doméstica: a emigração para proteger o corpo-território”. Laís Martendal, da Udesc, discorreu sobre “Famílias trasnacionais: as experiências de brasileiras imigrantes na Alemanha”. As professoras do GIT Sueli Siqueira e Gláucia Assis discutiram “Projetos migratórios de brasileiras na Alemanha: negociando gênero, raça e nacionalidade nas experiências migratórias”. Mas de forma remota, Roberta Perez encerrou o Seminário com o tema “Migração feminina: um debate teórico e metodológico acerca dos estudos de gênero”.

A professora Gláucia Assis destacou que são várias as razões que levam uma mulher a migrar. E esses motivos incluem relações afetivas, fuga de violência doméstica, ou mesmo a realização de projetos profissionais e acadêmicos.

“Além das motivações econômicas, que estão muito presentes na migração, é importante ver que há outras estratégias e modalidades migratórias. Mas em todas essas experiências, muitas dessas mulheres enfrentam preconceito e discriminação. É preciso entender essas diversas formas de migrar das mulheres. E os processos de racialização e preconceito que elas enfrentam, por ser mulher brasileira na Europa ou nos Estados Unidos. Muitas vezes nós somos racializadas e sexualizadas, e por isso a gente enfrenta preconceito e discriminação. São muitas facetas nesse fenômeno da migração, e Valadares está nesse cenário com migração de homens, mulheres e crianças, porque tem famílias inteiras migrando. Ainda há muitos aspectos desse fenômeno que a gente precisa descortinar, e esse evento é uma forma de colocar luz nesses outros aspectos”, analisou Gláucia.

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