Secretaria de Saúde de Valadares alerta para queda na vacinação contra poliomielite e outras doenças

A taxa de vacinação contra a poliomielite está baixa em todo o país. Nesse sentido, no mês de fevereiro, Minas Gerais registrou o índice de 73,7% para menores de um ano; de 66,38%, para crianças de 15 meses de idade; e de 59,67%, para crianças com 4 anos de idade. Contudo a meta recomendada pelo Ministério da Saúde é de 95% de cobertura do público-alvo. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça o pedido para que pais e responsáveis atentem-se para as faixas etárias indicadas para receber as doses.

Vacinação em Valadares é preocupante

De acordo com a Coordenadora do Setor de Imunização da Prefeitura Municipal de Valadares, Márcia Cordeiro, a situação da vacinação na cidade é preocupante. “Nós encerramos o ano de 2021 com 69,5% de vacinação no esquema básico, que é o da criança com menos de 1 ano. Isso é muito grave, pois existe o risco da doença, – erradicada no Brasil – retornar ao nosso país, pois o vírus existe em outras partes do mundo. A baixa cobertura significa que temos muitas crianças suscetíveis a serem contaminadas”, disse.

“A vacina da poliomielite está na rotina do Programa Nacional de Imunização, independente de campanhas. Após dois meses de idade, a criança recebe a primeira dose da vacina. Que é inativada e injetável, chamada de VIP. Com quatros meses, ela toma a segunda dose, e, com seis meses, a terceira dose. Esse é o esquema básico que acontece no primeiro ano de vida. Ao completar um ano e seis meses, a criança recebe o primeiro reforço, e, aos quatro anos, a segunda dose de reforço. Ambas são via oral, a famosa gotinha”, ressalta Márcia.

Dessa forma a secretária faz um apelo a todos os pais e responsáveis para que levem as crianças com o cartão de vacina às salas de vacinação do município para avaliar a situação vacinal. “Os pais de hoje não conhecem mais casos de pólio, pois a doença foi erradicada no Brasil desde 1989. Então, por não conhecerem a doença, eles não estão valorizando a importância de manter a vacinação em dia. Mas nós também temos que vacinar as crianças não apenas pensando na poliomielite, mas em todas a outras doenças para as quais existem vacinas”, reforçou.

Carmem Silva – UBS Centro

Sobre a poliomielite

A poliomielite é uma doença contagiosa que, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas, pode contaminar crianças e adultos. O último registro de poliomielite em Minas Gerais é de 1985. Desde este ano, a vacina contra a paralisia infantil tem sido a única forma de prevenção. Justamente para manter a cobertura vacinal, a imunização contra pólio faz parte do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), de forma gratuita e de ampla disponibilidade nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em qualquer época do ano.

Histórico da doença no Brasil

Em 1961 ocorreu a introdução da vacina contra a poliomielite oral (VOP) no Brasil, com a realização de vacinações em municípios de SP e do RJ. Então em 1980, foi estabelecida no Brasil uma estratégia para os dias nacionais de vacinação contra a poliomielite, realizados entre 14 de junho e 16 de agosto. Na época, produziram impacto imediato, com drástica redução do número de casos da doença em sequência à introdução da vacinação em massa em um único dia. Além disso, anos depois, em 1986, foi criado o famoso Zé Gotinha, marca-símbolo da erradicação da poliomielite.

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