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Relatório afirma que rota principal dos brasileiros que cruzam a fronteira dos EUA é pelo Arizona

Dos 7.366 imigrantes do Brasil levados sob custódia por agentes do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos UA (CBP, sigla em inglês) em maio, 63 por cento cruzaram a área através de Yuma.

Da América do Sul, Caribe, Ásia e outros lugares, dezenas de milhares de imigrantes com destino aos Estados Unidos têm chegado ao México todos os meses. Após entrar em terras mexicanas, os caminhos de cada um para seguir até a fronteira são diferentes. A maioria dos brasileiros se dirige para Yuma, no Arizona.

A maioria dos venezuelanos entra nos Estados Unidos perto de Del Rio, no Texas. Em maio, 74% dos 7.371 venezuelanos detidos cruzaram a fronteira por essa região. Os equatorianos vão para El Paso, os cubanos usam Yuma e Del Rio. Os haitianos seguem para Del Rio e El Paso.

O Vale do Rio Grande, o setor mais movimentado do CBP, continua a ser o principal ponto de entrada para famílias da América Central com crianças menores de sete anos.

Essas rotas se tornaram parte de um padrão usado pelos coiotes, de acordo com as autoridades norte-americanas. Enquanto a mídia social e o boca a boca desempenham um papel na canalização de alguns imigrantes para certos pontos de passagem, os contrabandistas aproveitam as políticas de fiscalização desiguais para converter seções da fronteira em vias de entrada.

Desde março de 2020, o governo dos EUA tem contado com uma regra do código de saúde conhecido como Título 42. Sob ela, os agentes federais de imigração podem devolver rapidamente a maioria dos imigrantes ao México e reduzir o risco de propagação do novo coronavírus dentro de postos de fronteira e prisões.

Mas a política não é aplicada uniformemente na fronteira, e os contrabandistas estão direcionando os imigrantes para onde eles têm menos probabilidade de ser enviados de volta.

Raul Ortiz, o vice-chefe do CBP, disse que os imigrantes que viajam para o norte costumam cruzar em áreas que dizem ser seguras, dependendo das recomendações de familiares e da mídia social.

O padrão usado pelos coiotes deixou alguns setores da fronteira sob pressão, de acordo com ele, “mas o CBP aumentou a capacidade de fiscalização e simplificou os tempos de processamento”.

No Vale do Rio Grande, as autoridades mexicanas não aceitam de volta famílias que não são do México que estejam com crianças menores de 7 anos, alegando que o espaço de abrigo é insuficiente. Por isso, os contrabandistas usam a área para atravessar famílias que se enquadram nesse perfil.

Em outros lugares ao longo da fronteira, o México não aceita retornos de imigrantes oriundos de países que não falam espanhol e limita o número de pessoas que receberá de volta em áreas com pouca capacidade de abrigo. Dessa forma, há chance maior de os imigrantes serem liberados para dentro dos EUA.

Cris Ramon, analista de imigração em Washington, disse que grupos criminosos aproveitam essas oportunidades. “Os contrabandistas reconhecem as brechas da política de fronteira e tentam explorá-las o máximo possível”, disse ele.

O CBP deve divulgar dados de fiscalização nesta semana, mostrando outro aumento no número de pessoas que cruzaram a fronteira e foram levadas sob custódia em junho, o quarto mês consecutivo em que as apreensões e detenções ultrapassaram 170.000.

Antes de assumir o cargo, o presidente Biden disse que não queria “dois milhões de pessoas em sua fronteira”. As autoridades dos EUA estão a caminho de deter mais de 1,5 milhão de imigrantes no atual ano fiscal que termina em 30 de setembro, o maior total desde 2000. (Com Brazilian Times)

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