Quase um ano depois da morte do chefe político nordestino Pedro Badoque, uma comissão de inquérito da ditadura sugeriu o confisco dos seus bens. Ministro da Justiça, Petrônio Portella temia uma injustiça contra a família do morto. Pediu provas. E um atestado de óbito. Dias depois, ele recebeu um ofício da Polícia Federal: “Senhor ministro, temos a satisfação de encaminhar o laudo cadavérico do Sr. Pedro Badoque” etc. Petrônio sapecou um despacho na parte de cima do papel: “Que mórbida satisfação!”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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