Brasília (AE) – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou ontem sobre a necessidade de o projeto de lei que irá tratar da reforma da Previdência dos militares ser enviado para a Câmara para que a PEC da Nova Previdência seja avaliada pelos deputados “com mais conforto”. “Um pedido dos principais partidos é que os dois tramitem de forma conjunta”, disse.
Em relação às alterações que estão sendo pedidas por parlamentares e até ministros para a proposta do Benefício de Prestação Continuada (BPC), Maia afirmou que “tudo o que gera dificuldade na comunicação é melhor não ser tratado”.
Para ele, este ponto que trata sobre benefícios assistenciais a idosos de baixa renda é “razoável”, mas que não está sendo esse o entendimento da sociedade e dos partidos. “Essa falta de compreensão está gerando uma oportunidade daqueles que vão ser de fato atingidos pela reforma de usar o BPC como pano principal para dizer que a reforma prejudica a população mais pobre, o que não é verdade”, disse.
“Temos que ter cuidado para não incluir algo que é nulo do ponto fiscal e, do ponto de vista político, pode ser mortal para a reforma”, concluiu.
Ontem, Maia disse que acredita que 12 das 25 comissões permanentes da Casa devem ser instaladas na semana que vem. A partir de segunda-feira, 11, os partidos começam a indicar os presidentes de seus respectivos colegiados, segundo Maia. “Espero que na quarta-feira a gente consiga instalar pelo menos a Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) e as principais comissões da Casa”, disse.
A instalação da CCJ é importante para a tramitação da PEC da reforma da Previdência.
por Camila Turtelli e Mariana Haubert