Felipe Augusto (CSA), Jori (América Mineiro), Lucas Venuto (Santos) e Isaac Tomich (sub-20 Atlético Mineiro) realizaram atividades físicas com Gessimar Martins (preparador físico) e Bruno Botelho (fisioterapeuta) neste mês de dezembro
Todo atleta de futebol de alto rendimento, quando finaliza a temporada, tem seu período de férias e descanso para aproveitar com a família, mas isso não quer dizer que todos deixam de lado a preparação física. Em Valadares, alguns atletas que passam a férias na cidade se cuidam com a ajuda do preparador físico Gessimar Martins e do fisioterapeuta Bruno Botelho.
De acordo com Gessimar Martins, já tem cinco anos que ele e Bruno Botelho iniciaram esse tipo de trabalho, dando suporte a atletas de alto rendimento quando estão em férias. Ele revela que tudo se iniciou com o atacante Felipe Augusto, que teve passagens por América Mineiro e Cruzeiro nas duas últimas temporadas e que jogará em 2022 no CSA de Alagoas. Depois, esse acompanhamento se estendeu a outros jogadores.
Neste mês de dezembro, além de Felipe Augusto, Isaac Tomich, atleta do sub-20 do Atlético Mineiro e considerado uma das jóias da base do clube da capital mineira, Lucas Venuto, meia-atacante do Santos e o goleiro Jori, do América Mineiro, receberam suporte também. Já o centroavante Rodrigo Dias e o meia Geovane Magno, ambos atletas que atuam no futebol do Vietnã, fizeram trabalhos com Gessimar e Bruno no mês de novembro e já retornaram ao Vietnã.
De acordo com o profissional de educação física, os trabalhos com os atletas envolvem atividades de força e, em determinadas situações, até movimentações específicas, que vão depender do tempo e da realidade física do atleta. “Faço o trabalho da força de que eles precisam no dia a dia. Quando entro com trabalho específico, vai depender da disponibilidade do jogador, de um tempo maior de férias. Os meninos da bola, quando ficam mais tempo, consigo até levar ao campo e desenvolver outras atividades. Mas a base principal mesmo é o trabalho de força. O que vai diferenciar é o tipo de exercício, que depende do atleta, é diferente.”
Todo clube tem os profissionais que cuidam da preparação física dos jogadores, mas quando vêm as férias existe o perigo de o atleta acabar exagerando e relaxando demais, e quando chega o dia da reapresentação se mostra muito fora de forma. Por isso Gessimar ressalta que é bom o atleta ter algum tipo de atividade, mas sempre acompanhado por um profissional.
Gessimar conta que até chegou a receber, no início de pandemia, quando o futebol ficou parado e os atletas foram liberados para casa, uma lista de atividades enviadas pela coordenação de preparação física do América Mineiro, pois na época o Felipe Augusto estava mantendo a forma com ele. Mas o preparador físico destaca também que tem a liberdade de montar a forma de trabalhar com o atleta, pois, na maioria das vezes, o próprio atleta é responsável por se manter em forma e não perder o foco nas férias.
E não é só o futebol que Gessimar tem acompanhado. O lutador do UFC Nikolas Motta, que também passa férias em Valadares, tem recebido o suporte para se manter bem fisicamente. Para o profissional valadarense, ele se sente muito à vontade de trabalhar nesta área de apoio aos atletas de alto rendimento. “Essa é uma área que eu curto muito. Trabalhar com os atletas no período de férias deles é muito gratificante e cada ano que passa você percebe que o seu trabalho está no caminho certo. Sempre recebo feedback positivo dos atletas, pois já confiam em meu trabalho. O Jori é a primeira vez dele comigo e gostou bastante, fora os outros atletas que já fazem esse tipo de trabalho comigo no decorrer dos últimos anos.”
Para Gessimar, o contato é certo quando os atletas chegam para passar férias em Valadares. “Eles dizem que o nosso trabalho não foge da realidade de grandes centros do futebol. Com isso, conseguimos dar suporte para os nossos alunos do dia a dia e para os atletas de alto rendimento.”
