Custos de produção e mercado internacional elevam os valores para o consumidor final
O precioso cafezinho está mais amargo para os brasileiros! E não há açúcar que melhore a situação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o café acumulou alta de 56,87% em 2021. A previsão para este ano é de mais aumento.
Mas mesmo com o preço nas alturas, o café continua indispensável. A bebida vendida em padarias sofreu um aumento de 10%. Os empresários do ramo tiveram que segurar os preços para não espantar os clientes.
A economista Beatriz de Almeida explica que a colheita do café não foi tão satisfatória, e, por isso, o preço final fica comprometido. “A gente teve um problema na safra do café em 2021, por conta da seca e geadas em áreas produtoras. Então teve uma safra menor, o que acarreta menor produto no mercado e demanda estável, [mas] as pessoas continuam consumindo normalmente, [aí] tem-se um aumento de preço”, explica Beatriz.
Além disso, o mercado internacional está favorável para a exportação das sacas de café, do que comercializar no mercado interno. O preço da saca de 60 quilos é vendido acima R$ 1.500, e atingiu o maior valor dos últimos 25 anos.
Beatriz explica que “junto com a desvalorização do real frente ao dólar, acontece uma tendência maior para exportação. Vale mais a pena para o produtor exportar, porque o dólar está mais alto.”
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a tendência é que o produto continue a subir em 2022, ainda por influência da safra e do preço do dólar.
Assista a reportagem feita pela TV Leste.