Planalto diz que Boechat foi um dos principais profissionais da imprensa

FOTO; Divulgação.

Em nota, o Palácio do Planalto lamentou a morte do jornalista Ricardo Boechat. O texto afirma que o País perdeu “um dos principais profissionais da imprensa brasileira”.

“A Presidência da República expressa seu pesar e condolências em razão do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, vitimado em um acidente aéreo, neste dia. O País perde um dos principais profissionais da imprensa brasileira. Sentiremos a falta de seu destacado trabalho na informação da população, tendo exercido sua atividade por mais de quatro décadas com dedicação e zelo”, diz a nota divulgada pela secretaria de comunicação da Presidência.

Do Hospital Albert Einstein, o presidente Jair Bolsonaro prestou solidariedade à família do jornalista. “É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat”.

“Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!”, escreveu Bolsonaro.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, escreveu: “Meus sentimentos à família e amigos de Ricardo Boechat”.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) também se manifestou nas redes sociais. “Manifesto meus sentimentos às famílias de #RicardoBoechat e do piloto do helicóptero, aos profissionais da Rede Bandeirantes, rádio e televisão, extensivos à classe jornalística, pela triste notícia do acidente que os vitimou. Deus no comando.”

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou Boechat de “um dos maiores jornalistas da sua história”. “Sua atuação diária demonstrava sensibilidade em defesa do interesse público e do jornalismo de qualidade. Toda a solidariedade a seus familiares, amigos e colegas da Rede Bandeirantes”, escreveu. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), prestou condolências aos familiares e colegas do jornalista. “O Brasil perde um profissional ético, íntegro e talentoso.”

Em entrevista à Band, o comandante Marcos Palumbo afirmou que o acidente teve três vítimas, duas dentro da aeronave que tiveram os corpos carbonizados, e a terceira era o motorista do caminhão.

Segundo o capitão Augusto Paiva, da Polícia Militar, o motorista do caminhão teve apenas ferimentos leves e às 14h40 já estava no 46º DP para prestar depoimento. Ele teria dito que viu a aeronave segundos antes da colisão, mas não teve tempo hábil para frear ou desviar.

Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM, além de ser colunista da revista IstoÉ. Trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo e, também, nos jornais O Globo e O Dia. É ganhador de três prêmios Esso e, segundo o site da Band, é um dos maiores ganhadores da história do Prêmio Comunique-se, em que foi reconhecido como âncora de rádio, âncora de televisão e colunista. Também foi eleito o jornalista mais admirado do País na pesquisa do site Jornalistas&Cia em 2014.

O helicóptero, uma aeronave Bell Jet Ranger, prefixo PT-HPG, fabricada em 1975, não era da emissora de televisão. Tinha capacidade para cinco lugares, estava com a declaração anual de inspeção de aviação válida até maio deste ano e com o certificado de aeronavegabilidade válido até maio de 2023. Ele pertence à empresa RQ Serviços Aéreos Especializados, cuja sede fica no Tatuapé, zona leste, empresa com uma frota de quatro aeronaves especializada em filmagens, fotografias e reportagem.

Em último comentário ao vivo, Boechat lamentou sucessão de tragédias

Em seu último comentário na Rádio BandNews FM, na manhã de ontem, Boechat lamentou as tragédias que chocaram o País nos últimos dias e cobrou punição aos responsáveis.

“A impunidade é o que rege, o que comanda a orquestra das tragédias nacionais”, disse Boechat ao se referir ao rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à morte de adolescentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo no Rio.

O jornalista citou uma matéria publicada no jornal O Globo sobre a sucessão de tragédias no País. “Você que não só os agentes públicos não pagaram nada por isso como os agentes privados e seus sócios também não. Esse é exatamente o ponto que une todas as tragédias.”

por Julia Lindner (AE)

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