PF prende suspeitos de organização criminosa de migração para os EUA responsável pela morte de valadarense

Os contrabandistas são responsáveis pela morte de um emigrante valadarense. O jovem saiu do Brasil no dia 13 de abril de 2021 e, desde então, não deu mais notícias

A Polícia Federal realizou, hoje (21), no bairro Vila Isa, em Valadares, a prisão de suspeitos de organização criminosa de migração ilegal para os EUA. Os contrabandistas são acusados de serem responsáveis pela morte do emigrante valadarense Ayron Herinsckson. O jovem saiu do Brasil no dia 13 de abril de 2021 e, desde então, não deu mais notícias.

A investigação é decorrente da Operação Policial “RELICTA MORI”, que tem como objetivo combater crimes de migração ilegal em toda região de Governador Valadares. A Polícia Federal realizou quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares.

Além disso, houve a determinação de bloqueio de ativos financeiros, apreensão de diversos veículos, imóveis e dinheiro, bem como de criptoativos (ativos digitais transacionados) destinados à ocultação de valores obtidos ilicitamente.

Caso Ayron Herinsckson

A PF iniciou a operação devido à denúncia dos familiares de Ayron Herinsckson, pelo sumiço do jovem após tentar atravessar ilegalmente a fronteira do México para os EUA, em 2021. Após investigações, ficou comprovado que os investigados foram os responsáveis pela tentativa de travessia ilegal.

Segundo a Polícia Federal, 197 pessoas migraram ilegalmente para os Estados Unidos com o auxílio da organização criminosa. Várias crianças e adolescentes, inclusive bebês, foram usados para o ingresso por meio do método “cai-cai”. Neste sistema, as famílias com menores se entregam às autoridades americanas após cruzarem as fronteiras, porque, dessa forma,  irão responder em liberdade pelo ingresso irregular. Isso ocorre porque as crianças não podem permanecer sozinhas, por questões humanitárias.

Ainda de acordo com a PF, os suspeitos responderão pelo crime de promoção de migração ilegal, previsto no art. 232A do Código Penal, envio ilegal de menor ao exterior, no art. 239 do Estatuto da Criança e do Adolescente, além do homicídio, previsto no art. 121 também do Código Penal. Caso sejam condenados, poderão cumprir até 26 anos de prisão.

Ayron Herinsckson/ crédito: divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM