Pacientes que precisam de internação por Covid-19 vêm sendo transferidos para várias regiões de MG

Medida visa garantir atendimento aos mineiros e restabelecer com velocidade a capacidade de assistência médica onde a ocupação de leitos está maior

Com o agravamento da pandemia, pacientes que necessitam de internação vêm sendo transferidos para diferentes regiões do Estado. A medida tem por objetivo restabelecer, com velocidade, a capacidade de assistência médica nas macrorregiões Triângulo do Norte e Noroeste, que, nessa quarta-feira (3), foram colocadas na onda roxa do plano Minas Consciente, faixa criada para contemplar as medidas mais severas de restrição.  

Desde o início de fevereiro deste ano, no Triângulo do Norte, 99 pessoas foram transferidas para outras regiões de Saúde. As regiões que receberam pacientes foram Oeste (35), Centro (28), Centro-Sul (14), Sul (10), Norte (5), Triângulo do Sul (5) e Vale do Aço (2).

Já na macrorregião Noroeste, 34 pessoas foram transferidas para outras regiões. As localidades que receberam os pacientes foram Oeste (18), Vale do Aço (7), Norte (6), Sul (1), Triângulo do Sul (1) e Triângulo do Norte (1).

“Temos o Triângulo do Norte e Noroeste inseridos na onda roxa porque vemos aumento da incidência de casos e na participação de pacientes Covid na ocupação de leitos de terapia intensiva, aumento na mortalidade na região e também já retardo na capacidade de regulação de leitos da região. Para nós, as medidas adotadas são extremamente importantes para que tenhamos então capacidade de reestabelecer a rede assistencial na região”, afirma o secretário de Estado de Saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral.

Ampliação de leitos

Em relação a março do ano passado, quando começou a pandemia em Minas, o número de leitos de UTI no Triângulo do Norte passou de 136 para 301. Já na macrorregião Noroeste, o número de leitos foi ampliado de 53 para 120.

Desde março do ano passado, o Governo de Minas praticamente dobrou o número de leitos de UTI, passando de 2.072 para mais de 4 mil.

Onda roxa

As regras para as cidades que estiverem na onda roxa incluem toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana; a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares; a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; além da realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.

Nessa fase só será permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos. O deslocamento para qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar.

Comitê

A criação da onda roxa e a inserção das macrorregiões Triângulo do Norte e Noroeste nesta fase do plano Minas Consciente foram aprovadas nessa quarta-feira (3/3) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar os indicadores da doença no estado.

O Comitê foi criado especialmente para monitorar a situação da pandemia no Estado e é presidido pelo secretário de Saúde. O grupo conta ainda com o governador Romeu Zema (Novo), todo o secretariado do Executivo mineiro, representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado, entre outros órgãos estratégicos.

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