Um morador de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, que é procurado pela Interpol após ser condenado a mais de 20 anos prisão nos Estados Unidos, foi beneficiado em um esquema de falsificação de documentos, de acordo com uma investigação feita pela Polícia Federal. Na quarta-feira, dia 30 de junho, foi deflagrada uma operação que busca provas contra o esquema.
Batizada de Operação Reborn, as investigações foram conduzidas pela PF de Montes Claros (Minas Gerais) com o objetivo de combater crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e produção de documentos falsos.
De acordo com as informações, o grupo fraudava documentos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs. Também há indícios da criação de uma pessoa jurídica, cadastramentos de biometria eleitoral e de veículos, além de solicitações de auxílio emergencial.
Os beneficiários desses documentos eram foragidos, pessoas com extensa ficha criminal, golpistas alvos de investigações por prática de pirâmide financeira e imigrantes vindos de países árabes em situação ilegal no Brasil.
Além disso, foi apurado que um dos beneficiados é um brasileiro, com cidadania norte-americana, procurado pela Interpol após ser condenado a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos. Ele estaria vivendo em Florianópolis com uma dessas identidades.
Em Santa Catarina foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis e São José. Não houve prisões decorrentes da operação no Estado.
Os detalhes da apreensão também não foram divulgados, mas pelo menos 13 mandados foram expedidos e cumpridos nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa; e nos municípios paulistas de São Paulo, Tatuapé e Votorantim; e em Vila Velha, no Espírito Santo.