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Na torcida pelo hexa, valadarense coleciona mais de 4 mil camisas

A camisa da seleção brasileira pentacampeã na Copa do Mundo de 2002, autografada por todos os jogadores que vestiram o manto verde-amarelo, fica estampada na parede da casa de Walderez Ramalho, valadarense, agente oficial da Fifa. Duas décadas depois, quem chega e olha para o quadro já reconhece de cara o peso que aquele uniforme carrega. É algo que deixa qualquer fã de futebol admirando, por horas e horas, cada detalhe de uma camisa histórica, a camisa do último título do Brasil em Copa do Mundo.

A relíquia emoldurada em um quadro foi presente de um amigo para o valadarense, que possui um acervo imenso de artigos esportivos digno de exposição em qualquer museu do mundo. Além da camisa da seleção de 2002, o colecionador soma ao acervo pessoal camisas de clubes nacionais e internacionais, álbuns de figurinha da Copa do Mundo (um deles publicado em 1945), chuteiras, medalhas, itens decorativos, e por aí se segue uma lista extensa de artigos esportivos.

Nesse hobby de colecionar coisas relacionadas ao futebol, que já dura mais de 30 anos, a casa de Walderez se tornou um verdadeiro museu. Temos, por exemplo, a seção camisas de futebol, que ocupa um cômodo inteiro da casa. É tanta coisa que o valadarense já perdeu as contas da quantidade de camisas de clubes e seleções que possui em seu acervo. Hoje em dia ele chuta que provavelmente já passou de 4 mil camisas. E a coleção é bem variada, vai desde uma camisa do Barcelona autografada pelo Ronaldinho Gaúcho até uma histórica camisa do Democrata de 1979.

Torcedor do Flamengo desde criança, seria o desejo de ter a camisa do time carioca o primeiro passo para Walderez começar a sua coleção? Bem, hoje em dia dá para dizer que o sonho do garoto ultrapassou qualquer expectativa. No mundo redondo da bola, as voltas que ele faz, os caminhos que foram percorridos, levaram o valadarense a se reencontrar com o passado no presente.

“A primeira [camisa] eu acho que era uma camisa do Flamengo. Era uma camisa que eu ganhei, e agora, há três semanas, quando eu estive lá no Rio, o Zico assinou ela pra mim, depois de trinta e tantos anos. Um amigo meu fez um pedido para que eu encontrasse o Zico e, na oportunidade, levei a camisa e ele autografou ela”, contou Walderez Ramalho.

Trabalhar ao longo dos últimos anos nos bastidores do futebol foi a porta de entrada para conhecer de perto os craques que muitos só puderam ver em fotos ou assistir pela televisão.

O que falar então do dia em que Walderez pôde conhecer frente a frente o “rei do futebol”?! A foto com Pelé e a família do valadarense é uma das relíquias da coleção. O momento com o jogador brasileiro aconteceu em Hong Kong, na China, foi registrado e revelado em uma época em que os celulares com câmeras digitais ainda não eram populares. A admiração de Walderez por Pelé fica bem evidente nas inúmeras fotos penduradas na parede, bem ao lado da camisa da seleção de 2002. E é claro que cada uma das fotos tem por trás boas histórias.

“Essa foto do Pelé com a camisa do Flamengo foi em 1979, quando teve o jogo Flamengo x Atlético Mineiro, para a enchente daqui de Valadares. O Pelé jogou ali pela primeira vez pelo Flamengo”, disse Walderez Ramalho, lembrando da goleada do Flamengo em cima do Galo de 5×1, em um jogo amistoso promovido para arrecadar donativos para os afetados pela enchente de 1979 em Valadares.

A raridade por trás de cada item do colecionador impressiona e emociona, transforma a experiência de andar pela casa um verdadeiro tour pela história do esporte, e, claro, do futebol.

De um lado, em uma parede, há um documento original do registro da ficha de Ronaldo Fenômeno quando jogava pelo Cruzeiro em 1996, e do outro, em uma estante em meio a livros e medalhas, uma miniatura do capacete do Ayrton Senna, que Walderez ganhou das mãos do piloto brasileiro tricampeão da Fórmula 1.

A lenda da Fórmula 1, Ayrton Senna, presenteou Walderez com um capacete. Foto: Fred Seixas

Durante as viagens que Walderez fez nos últimos anos foi que surgiram as oportunidades de encontrar novos itens para juntar ao museu que ele tem em casa.

“Eu vou muito nesses mercados das pulgas em todos os lugares que eu viajo. Por exemplo, em 2019, eu fui ver a final da Libertadores lá em Montevidéu. Aí fui no “Mercados das Pulgas” de lá, descobri onde era e comprei um quadro original com a flâmula do Peñarol que foi campeão no ano de 1982”, contou o valadarense.

Depois de anos e anos colecionando artigos esportivos e boas histórias, o desejo da criança que queria ter uma camisa do Flamengo e virou um colecionador agora é levar todo esse acervo para mais pessoas conhecerem e transformar em um museu itinerante. “Hoje eu busco um parceiro para fazer um museu itinerante. Colocar isso tudo em um caminhão e sair andando pelas cidades afora. Imagina uma cidade pequena próxima daqui, como Marilac, Conselheiro Pena, Engenheiro Caldas, e você para um caminhão desse e ficar lá dois dias?!”, conclui.

Independentemente de conseguir levar ou não seu próprio museu ao povo, uma coisa é certa: Walderez possui um acervo que não tem valor financeiro que pague.

Esta matéria foi publicada com exclusividade no dia 20 de novembro em nossa edição impressa do DRD. Todo domingo tem novidades no jornal que é vendido nas principais bancas e padarias da cidade.

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