Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticando a captura de R$30 bilhões do orçamento pelo Congresso
Maia pode trocar política pelo mercado financeiro
Quem consegue conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sai convencido de que ele não disputará qualquer cargo público em 2022, como aliás esta coluna antecipou em 2019. Certamente ele pode estar escondendo o jogo, como é do seu feitio, mas diz que planeja sair da política para entrar no mercado financeiro. Teria inclusive convites de um importante banco de investimento para o qual tem feito palestras.
Saída pelos fundos
Saindo da política, Rodrigo Maia busca uma “saída honrosa” para evitar o vexame de derrota, na disputa para renovar o mandato, em 2022.
Vexame no horizonte
Em 2018, com todo o poder, inclusive com acesso irrestrito aos favores oficiais, Maia não impressionou eleitores: obteve raquíticos 74 mil votos.
Poder sem votos
O projeto de Maia, admitido há meses a esta coluna, era governar sob um “parlamentarismo presidencialista” existente apenas na sua cabeça.
Brincadeira de criança
No regime sonhado por Maia, o primeiro-ministro não seria o líder do partido mais votado. Poderia ser do DEM, como ele, e com poucos votos.
Líder de 68% da Câmara, Lira deve suceder Maia
O deputado Arthur Lira (PP-AL) carimbou o passaporte para a disputa pela sucessão de Rodrigo Maia, na presidência da Câmara, ao articular a bancada de 351 deputados federais do “centrão”, cerca de 68% do total de 513. A liderança do bloco de 14 partidos fará a Câmara lembrar o que Maia diz ter esquecido: a reunião em 2018, no apartamento do senador Ciro Nogueira (PP-PI), em São Paulo, na qual ficou combinado que Lira desistiria da candidatura para apoiar a reeleição de Maia à presidência.
Procura-se um nome
No último trimestre de 2019, Maia passou a articular a própria sucessão, ignorando Lira e acenando para meia dúzia de deputados. Sem êxito.
Comendo pelas beiradas
Político que não é dado a reclamar pelos cantos, Arthur Lira preferiu “comer pelas beiradas”: trabalhou até no recesso articulando o “centrão”.
Romaria ao paraíso
No fim do ano, enquanto Rodrigo Maia se divertia em Miami, Lira recebia no paraíso da Barra de São Miguel (AL) dezenas de deputados.
Sem terra, com jatinho
Petista bi-condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula vai levar em seu tour europeu por Paris, Genebra e Berlim um diretor do miliciano MST, João Paulo Rodrigues. Para exibi-lo como um “revolucionário”.
‘Randolsonaro’
Líder da oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) passou a defender o veto presidencial à “emenda do relator” do orçamento impositivo, no valor R$ 30 bilhões, por atentar contra o presidencialismo. A patrulha ideológica não perdoará a coragem do senador.
Congresso é o céu
Apesar de deputados e senadores terem retornado em 4 de fevereiro, foram apenas oito dias de trabalho em 2020, incluindo o feriado de carnaval. Mas o “ressarcimento de despesas” passou de R$7 milhões.
Golpe parlamentar
Após a verba de R$30 bilhões capturada pelo Congresso e um tweet da Embaixada da Espanha contando que Rodrigo Maia tratou de “parlamentarismo” com o embaixador, a hashtag #MaiaGolpista virou o segundo assunto mais comentado do Twitter na sexta-feira (28).
Boa coisa é?
O Congresso lança na terça (3) a frente parlamentar da reforma administrativa. Um dos vices é Kátia Abreu, aquela que tomou à força documentos do presidente do Senado, para tentar impedir sua posse.
Capital da folia
Após desmoralizar a sentença do poetinha Vinícius de Moraes, de que era “o túmulo do samba”, ao promover desfiles anuais frequentemente mais sensacionais que os do Rio, São Paulo vai botar 160 blocos na rua, neste fim de semana, além de atrações como Anitta e Bell Marques.
Só faltou muro
O coronavírus fez o conselho federal da (democrática) Suíça proibir eventos de grande escala até dia 15 de março. Foi cancelado tudo que possa reunir mais de mil pessoas. Espécie de muro virtual à la Trump.
Recordista: diárias 2020
É uma oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores o servidor que mais recebeu diárias do governo federal, este ano. Foram R$56,7 mil apenas em diárias, para Carolina de Araújo.
Pensando bem…
…só no Brasil o líder da oposição concorda com o chefe do governo, que por sua vez briga com o partido pelo qual se elegeu.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos – www.diariodopoder.com.br