LesboCenso Nacional tem como objetivo dar subsídio à luta por políticas públicas sociais específicas para esta população em áreas como saúde, educação, cultura e segurança
Brasília – O Ministério Público do Trabalho (MPT) apoia o LesboCenso Nacional, iniciativa que pretende mapear o perfil sociodemográfico de lésbicas e sapatão no Brasil. A pesquisa tem como objetivo subsidiar a luta por políticas públicas sociais específicas para essa população em áreas como a saúde, educação, cultura e segurança.
Nessa segunda-feira (7), o MPT participou de reunião virtual com a equipe do LesboCenso para obter mais informações sobre a pesquisa. Na oportunidade, a instituição foi representada pela coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Adriane Reis de Araújo.
A reunião esclareceu dúvidas sobre o público pesquisado, as medidas de proteção da privacidade das pessoas que participam da pesquisa e as medidas de segurança dos dados pessoais. Além disso, foram discutidas ações que poderão ser viabilizadas com os dados pesquisados.
Para a coordenadora nacional da Coordigualdade, a reunião foi muito elucidativa sobre a dimensão e o rigor técnico da pesquisa. “A principal maneira de enfrentar a violência, o assédio e a exclusão de grupos vulneráveis é dar visibilidade às condições de vida, educação, saúde e cidadania desse grupo. A produção de dados sobre esses tópicos é essencial para compreender a dimensão do problema e viabilizar políticas públicas especificas no intuito de reverter esse quadro”, afirmou.
O LesboCenso Nacional é composto por uma coordenação geral e conta com uma equipe ampliada formada por representantes de diversas organizações do movimento social de lésbicas feministas espalhadas pelas cinco regiões do país.
Dados – Um estudo recente realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), em conjunto com as Secretarias de Atenção Primária em Saúde e de Vigilância em Saúde, a partir dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foi demonstrado que no Brasil, no período de 2015 a 2017, foram registradas 24.564 notificações de violências contra a população LGBT. Em relação ao perfil das/os denunciantes 32,6% são lésbicas.
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Com informações do LesboCenso
