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Minas firma protocolo de intenções com estados vizinhos para fortalecimento da segurança no campo

Forças de segurança de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul se reuniram em Uberaba para construção de estratégias conjuntas de enfrentamento à criminalidade rural em áreas de divisas

Representantes das forças de segurança de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul se reuniram em Uberaba, no Triângulo Mineiro, nesta quinta-feira (5/3), para debater o cenário da criminalidade no ambiente rural e construir estratégias conjuntas de enfrentamento à violência nas áreas de divisas entre os Estados. Promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas, o I Encontro Integrado de Segurança Pública das Divisas teve como resultados a articulação das redes de Justiça e Segurança Pública dos Estados e a assinatura de um protocolo de intenções, firmado entre as cinco unidades federativas participantes, com ações efetivas e medidas de atuação integrada para a redução da criminalidade em ambientes rurais.

Os órgãos de Segurança Pública acordaram ações integradas com foco principal no combate aos crimes de furtos e roubos de defensivos agrícolas, de gado e das naturezas relacionadas ao patrimônio rural. O documento norteador da atuação integrada lista doze ações, incluindo o estabelecimento de um cronograma de operações integradas nas áreas de divisas; a criação de um canal de comunicação para o compartilhamento de experiências e boas práticas; e a implantação e compartilhamento de um banco de dados de criminosos e organizações criminosas especializadas, informando ao estado limítrofe a notificação de ocorrências de crimes rurais.

O protocolo de intenções inclui ainda o fomento à reativação de postos fixos de fiscalização de controle sanitário nas divisas de estados; a agregação de tecnologias de inteligência artificial nos Centros Integrados de Comando e Controle Regionais (CICCR) com foco nas rodovias, vias vicinais e pontes nas divisas; o encaminhamento ao Congresso Nacional, juntamente com segmentos organizados do setor agropecuário, de um conjunto de leis que contribuam para a redução da criminalidade nesse ambiente; o fortalecimento das redes de vizinhos rurais protegidos; entre outras ações.

“Quando estive em Uberaba, no ano passado, identificamos que o problema da criminalidade rural no Triângulo Mineiro extrapola as nossas divisas. Ora, se extrapola, vamos chamar os nossos vizinhos para esse evento para integrarmos todas as forças de segurança desses Estados. Sem integração vamos ter muita informação, mas não vamos ter efetividade”, ponderou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas, General Mário Araújo. Segundo o secretário, o objetivo é aumentar a transversalidade do governo de Minas no trato com o crime rural. “Queremos gerar resultados definitivos e permanentes”.

General Araújo explicou que as ações e estratégias do protocolo de intenções foram construídas de forma conjunta, a partir da contribuição dos Estados envolvidos. “Esse documento traça intenções de estreitar as nossas estruturas e forças de segurança. São atividades simultâneas nos dois lados da divisa, sistemas de alerta para o crime rural, troca de comunicação diante de um evento em um Estado, com a previsão de o outro Estado ser comunicado”, exemplificou.

“Sabemos que o crime não tem divisa, pelo contrário, os criminosos utilizam os limites que definem os territórios de responsabilidade de atuação das forças de segurança para obter êxito nas suas ações. Com essa integração, estamos construindo soluções e formulando estratégias para melhorar a prestação de serviço das forças de segurança à nossa população”, completou General Araujo, ressaltando que o encontro em Uberaba propiciou ainda a oportunidade de trocas de experiências, boas práticas e aprendizados entre os Estados. “Estamos fazendo esse intercâmbio e por isso vamos crescer todos. Só vai ser bom para Minas quando for bom também para Goiás, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul”.

Presente no encontro, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Rocha Miranda, destacou algumas experiências exitosas do seu Estado, como a implantação de um novo sistema de patrulhamento por parte da Polícia Militar, que conta com um trabalho do Centro Integrado de Comando e Controle específico para a região rural, e a melhor estruturação da delegacia de combate aos crimes rurais. “Estamos à disposição de Minas e dos outros Estados naquilo que pudermos ajudar. Goiás também está preocupado com esse assunto e precisa da integração com os Estados vizinhos e também com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para que possamos botar esses ladrões na cadeia”, pontuou.

Para o secretário de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, é fundamental combater a criminalidade no campo com prevenção e também com uma repressão eficiente. “A impunidade leva à prática de outros crimes”, ponderou. “Integrar com outros Estados é imprescindível para alcançar bons resultados. Minas tem divisa com o Mato Grosso do Sul, que age como para-choque face à criminalidade que atua nos países vizinhos. Precisamos robustecer nosso policiamento nas divisas, para que possamos, todos juntos e integrados, promover uma sensação de segurança maior que a existente hoje”, completou.

Forças integradas

O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Giovanne Gomes da Silva, ressaltou a importância de potencializar as ações da corporação tanto no aumento do patrulhamento rural, com mais interação com a comunidade, quanto por meio do investimento em tecnologias, como o georreferenciamento de propriedades rurais, e a agregação de informações que podem contribuir para a efetividade das ações policiais.

“O evento de hoje, além da integração dos órgãos que compõem o sistema de segurança pública de Minas, integra também os órgãos que compõem os sistemas dos Estados vizinhos. Sabemos que existe uma migração do crime. O criminoso sai de um Estado e vai para outro. Essa integração, com troca de informações, banco de dados e mapeamento da criminalidade, vai possibilitar uma redução do crime e um aumento da sensação de segurança para o homem do campo”, afirmou. “Em um território integrado, o crime não irá prosperar”.

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