Uma criança de 11 anos teve a gravidez interrompida no Hospital Municipal de Valadares, nessa sexta-feira (24).
Ela foi estuprada pelo padrasto, no bairro Turmalina, em Valadares, e a família conseguiu uma autorização da Justiça para realizar o aborto. Vale ressaltar que, segundo o artigo 128, inciso II do Código Penal, se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal, não há crime. No Brasil, o aborto é permitido por lei nos casos em que a gestação implica risco de vida para a mulher, quando a gestação é decorrente de estupro e no caso de anencefalia.
A mãe da vítima descobriu a gravidez no dia 12 de fevereiro, quando levou a criança ao hospital por estar passando mal.
Segundo a Polícia Militar (PM), a mãe da menina registrou o boletim de ocorrência por estupro de vulnerável no mesmo dia.
A vítima contou que foi estuprada pelo padrasto quando sua mãe não estava em casa, há cerca de 40 dias. Dessa forma, o procedimento foi feito com quase três meses de gravidez.
Ainda de acordo com a PM, ao descobrir a gravidez, o suspeito fugiu pelos fundos da casa. A mãe da vítima relatou que recebeu ameaças de morte do suspeito, dizendo que iria matar a criança, a esposa e depois cometer suicídio.
O homem morava com a mãe da vítima há seis anos e possui dois filhos com ela, sendo uma criança de cinco anos e um recém-nascido.
As investigações continuam. A PM continua em busca do suspeito.