Medidas adotadas pelo Governo adiaram pico da pandemia no Estado

Minas Gerais se destaca no controle da Covid-19, mas é essencial que a população siga orientações das autoridades de saúde

O secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário de estado adjunto de saúde, Marcelo Cabral, avaliaram a situação do Estado quanto ao enfrentamento e controle da pandemia de Covid-19 durante entrevista coletiva virtual, realizada nessa terça-feira (9). O secretário Carlos Eduardo atualizou os dados do boletim epidemiológico sobre a doença, no início da coletiva. Nessa terça-feira eram 16.102 casos confirmados, desses, 8.340 estão em acompanhamento, 7.363 pessoas se recuperaram da doença e 399 pessoas vieram a óbito.

Conforme o secretário, Carlos Eduardo Amaral, é notável que medidas adotadas pela Secretaria, no sentido de diminuir a transmissão da doença, conseguiram modificar a tendência de Minas em relação ao país. Ao identificar que o pico estava projetado para junho no Estado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) entendeu que estava efetivamente aumentando o número de casos e, seguindo a mesma tendência do país. Assim, a partir desse cenário, a SES-MG tomou diversas medidas, como a realização de videoconferências e reuniões com todas as macrorregiões, com o objetivo de sensibilizar os gestores municipais de saúde e prefeitos a terem o máximo de aderência às medidas de isolamento, conforme a visão do Minas Consciente, com a intenção também de adiar o pico de contaminações.

De acordo com os primeiros estudos, baseados na tendência do Brasil, adaptado para a população de Minas Gerais, o pico seria para dia 9 de junho, cuja projeção era de 2.988 casos previstos. De segunda para terça-feira (9), foram registrados 219 casos no Estado, ou seja, efetivamente Minas ainda está no momento da curva, não tendo a projeção para o pico ser concretizado neste momento.

No início da entrevista, o secretário de Estado alertou a população e explicou que mesmo não havendo pico agora, o vírus vai continuar a circular entre todos, por um longo tempo. “Não podemos flexibilizar exageradamente, nem acabar com as medidas de isolamento, senão, efetivamente volta a ter um acréscimo muito grande de casos e um risco assistencial, o que é tudo que não queremos neste momento”, reforçou Amaral.

Perguntado sobre a ocupação de leitos no Estado, Amaral atualizou os dados. De forma geral, 72% de leitos de UTI estão ocupados e 70% de ocupação de leitos clínicos. Do total de ocupação de UTI, 11,86% são referentes à pacientes com Covid-19 ou suspeita da doença e 7,68% são leitos clínicos.

Quanto ao hospital de campanha, segundo o secretário, caso haja a necessidade de abrir, deve ser aberto em módulos. Ele será para retaguarda, em caso de descontrole da epidemia. Caso haja a tendência à ocupação total de leitos, será levado em conta a conduta correta, que é voltar a ter medidas de isolamento mais adequadas para a contenção da epidemia, por meio do programa Minas Consciente.

Quanto à situação de agravamento dos casos nos municípios mineiros, em especial aqueles próximos às cidades de outros estados mais afetados pela pandemia, o secretário adjunto Marcelo Cabral explicou que as diretrizes já foram passadas, via Nota Técnica, mas que cada município tem autonomia para tomar suas próprias decisões. Cabral também pontuou sobre a importância de uma força-tarefa no enfrentamento da Covid-19.

“Caso seja necessário, daremos um passo atrás, mas é importante a adoção das responsabilidades por cada um dos atores, nesse momento. Temos o Governo do Estado, os municípios, os secretários municipais, os nossos superintendentes e os indivíduos, cada um de vocês que nos assistem todos os dias, porque pouco importará a adoção de leitos e planos, se não houver de nossa parte a assunção das responsabilidades que nos cabem”. Para o subsecretário, se os protocolos e orientações continuarem a serem seguidos, a ideia é fazer uma retomada ponderada, não sendo necessárias medidas radicais, como o lockdown.

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