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Longa brasileiro sobre fantasmas da escravidão é selecionado para Berlim

O filme “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Berlim, segundo nota divulgada pela organização, na manhã desta quarta-feira (29).

Esta é a primeira vez que os cineastas, que foram colegas na USP, e participam do coletivo Filmes de Caixote, dividem o comando de um longa -enquanto Dutra é conhecido como um dos expoentes da nova geração, de terror nacional, tendo na bagagem “As Boas Maneiras” e “Trabalhar Cansa”, Gotardo se notabilizou pela produção intimista, em especial seu longa de estreia, “O que se Move”.

O drama de época que lançam, agora, retrata três mulheres na passagem do século 19 para o 20. Reféns das memórias da fazenda da família, e dos escravos que lá trabalhavam, elas não conseguem acompanhar a euforia da modernização, que acomete São Paulo no período.

Além dele, outras 18 produções nacionais integram a programação do festival este ano.

Cinco delas estão no Panorama, segunda mostra mais importante do evento. São elas: “Vento Seco”, do goiano Daniel Nolasco; “Cidade Pássaro”, do paulista Matias Mariani; e o documentário “O Reflexo do Lago”, do paraense Fernando Segtowick. Mais a coprodução entre Brasil, Argentina e Suíça, “Un Crimen Común”, do argentino Francisco Márquez.

O cearense Karim Aïnouz completa a lista. Por trás de “A Vida Invisível”, que ganhou a mostra Um Certo Olhar, em Cannes, no ano passado, ele agora apresenta “Nardjes A.”, em que segue um jovem militante argelino com um celular – o pai de Aïnouz nasceu no país.

A presença brasileira ainda se estende a outras mostras paralelas.

Gustavo Vinagre e Paula Gaitán estarão na programação do Fórum, com “Vil, Má” e “Luz nos Trópicos”, nesta ordem.

Já na Generation, que mapeia filmes sobre a juventude, estarão: “Meu Nome É Bagdá”, de Caru Alves de Souza; “Alice Júnior”, de Gil Baroni; “Irmã”, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes; e o curta “Rã”, de Ana Flávia Cavalcanti e Júlia Zakia.

Mais seis brasileiros (Jonathas de Andrade, Ana Vaz, Aline Motta, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, Grace Passô e Ricardo Alves Jr.) terão suas obras exibidas na mostra Forum Expanded, dedicada a filmes de linguagem experimental e vídeos de arte.

O Brasil exibiu 12 filmes na última edição da Berlinale. Um deles era “Marighella”, que estreou sob aplausos no evento. Dirigido por Wagner Moura e com Seu Jorge no papel do guerrilheiro, o longa até hoje não chegou ao circuito nacional, e tem estreia marcada para 14 de maio. (FOLHAPRESS)

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