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Júlia Gama fica em 2° lugar no Miss Universo; candidata do México vence

FÁBIO LUÍS DE PAULA / SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A representante do México, Andrea Meza, 26, foi eleita na noite deste domingo (16) a Miss Universo 2020. Em segundo lugar ficou a gaúcha Julia Gama, 27, que realizou o mesmo feito da mineira Natália Guimarães em 2007, que também foi vice.

Sem presença de público, por conta da pandemia de covid-19, o show da final aconteceu em um hotel de Hollywood, na Flórida (EUA) – uma localidade próxima de Miami. Em terceiro lugar ficou a Miss Peru, Janick Maceta, 27. Completaram o top 5 as representantes da Índia, Adline Castelino, 22, e República Dominicana, Kimberly Jiménez, 24.

Julia Gama impactou a banca do júri, formada 100% por mulheres, ao discursar na final, em inglês perfeito, sobre saúde mental. “É um tópico ainda bastante estigmatizado e, por isso, não conseguimos falar abertamente sobre ele. Mas para todos aqui esta noite eu peço, lembrem-se disso: Por favor, vamos normalizar conversas sobre ansiedade e depressão. Vamos apoiar uns aos outros e compartilhar empatia”, discursou.

Antes disso, ela respondeu uma pergunta de uma das juradas sobre liderança feminina. “Mulheres são uma parte muito importante da sociedade e, mesmo que a gente não seja encorajada a ter o mesmo valor que os homens, precisamos ocupar nosso lugar. O mundo precisa de mulheres à frente. Eu convido cada mulher a entender seu local e a tomar o seu poder”, destacou.

Mais cedo, nesse domingo, Julia Gama publicou um vídeo bastante emocionada em suas redes sociais, e se disse pronta para a final. “Muita emoção, muita gratidão, muita alegria, muito orgulho de representar o Brasil”, afirmou ela. “É muito emocionante estar aqui representando vocês. Esse show é para vocês. É para todos os que amam esse mundo miss, todos os que me apoiaram, todos os meus apoiadores, patrocinadores, a equipe do Miss Brasil, a minha família… enfim, isso é para vocês.”

No grupo de dez semifinalistas ficaram ainda as misses Austrália, Costa Rica, Jamaica, Porto Rico e Tailândia. Confira as classificações completas ao fim do texto.

Especialistas acertaram quando apostaram que a Miss México podia ser uma das vencedoras deste ano. Segundo eles, a miss era uma das mais bem preparadas entre as 74 candidatas, já que havia sido finalista no Miss Mundo há pouco tempo.

A Miss México recebeu a coroa das mãos da sulafricana Zozibini Tunzi, 25, a Miss Universo 2019. A partir de agora, a vencedora vai morar durante o reinado em Nova York, onde fica a organização do concurso. Enquanto Tunzi teve um dos reinados mais longos da história, já que foi estendido por conta da crise sanitária, Meza pode ter um dos mais curtos. Isso pois esta edição do concurso é referente ao ano de 2020, e em dezembro próximo deve acontecer a etapa de 2021. Apesar disso, nada ainda foi oficializado pela organização do concurso.

No Brasil, a transmissão ficou por conta da TV paga, pelo canal TNT e pela internet. Nenhuma emissora aberta no Brasil decidiu exibir a final deste ano, desde que a Band TV abriu mão da parceria que tinha para realização da etapa nacional.

COMO FOI SHOW

Este seria o sexto ano seguido em que o show da final seria apresentado pelo humorista Steve Harvey, aquele que errou o nome da vencedora em 2015. Mas, por conta da pandemia, ele foi substituído por uma dupla: o ator Mario López e Olivia Culpo, vencedora do Miss Universo 2012.

O espetáculo começou com as já famosas coreografias um tanto desengonçadas das postulantes no palco. Após todas se apresentarem, foi anunciado o primeiro corte, que contemplou 21 misses. Diferentemente de 2019, desta vez as candidatas não foram divididas em grupos continentais.

O desfile de biquíni antecedeu o segundo corte, que selecionou apenas dez candidatas. O Top 10 se apresentou em seguida em traje de gala. Então, anunciaram o Top 5 e cada uma delas respondeu a uma pergunta do júri, ao vivo. Após chamarem o Top 3, e as misses responderem a mais uma pergunta e desfilarem individualmente, anunciaram a vencedora.

O número musical da noite ficou por conta do cantor porto-riquenho Luis Fonsi, vencedor do Grammy, famoso por seu hit internacional “Despacito”.

COVID E FORÇA LATINA

A pandemia do novo coronavírus marcou a edição do Miss Universo. Além de o concurso ter sido adiado de 2020 para maio de 2021, ainda pairava no ar a necessidade de manter toda a equipe e as misses em segurança. Antes de começar o confinamento na Flórida, no dia 6 de maio, parte das candidatas teve que fazer uma quarentena de 15 dias antes de entrar nos Estados Unidos.

A medida de segurança é exigida pela imigração americana para visitantes de países onde a crise ainda não está controlada, como é o caso do Brasil. Assim, Julia Gama ficou o período em Cancún, no México, antes de aterrissar no concurso.

Já no hotel do Miss Universo, além de usarem máscaras personalizadas para cada país, as misses fizeram constantes testes de PCR, para detecção de covid-19. Quase todas registraram as medidas incessantemente em seus perfis pessoais nas redes sociais.

As classificações do concurso marcaram ainda o retorno da força das latinas na competição. No Top 5 classificaram-se quatro latinas (Brasil, México, Peru, República Dominicana), sem falar das seis que entraram no top 10. Com isso, grandes favoritas com peso de faixa, como Venezuela, Colômbia, África do Sul e Filipinas, não avançaram na final.

Outro ponto que chamou a atenção na edição foi a presença de muitas ex-vencedoras do concurso. Participaram no júri a porto-riquenha Zuleyka Rivera e a americana Brook Lee, respectivamente vitoriosas no Miss Universo 2006 e 1997. Além disso, foram comentaristas do show a colombiana Paulina Vega (2014), a sulafricana Demi-Leigh Tebow (2017) e a americana Cheslie Kryst (Miss EUA 2019). Sem falar na apresentadora Olivia Culpo (2012) e da sulafricana Zozibini Tunzi (2019), que passou a coroa.

O Miss Universo é considerado uma das mais importantes competições de beleza do planeta ao lado do Miss Mundo, e celebrou nessa noite sua 69ª edição. Assim como nas últimas edições, o formato segue desgastado e demodè, mas ainda assim atrai uma legião de telespectadores.

TOP 5 – finalistas

Brasil, Julia Gama, 27; Índia, Adline Castelino, 22; México, Andrea Meza, 26; Peru, Janick Maceta, 27; República Dominicana, Kimberly Jiménez, 24.

TOP 10 – semifinalistas

Austrália, Maria Thattil, 28; Brasil, Julia Gama, 27; Costa Rica, Ivonne Cerdas, 28; Índia, Adline Castelino, 22; Jamaica, Miqueal-Symone Williams, 24; México, Andrea Meza, 26; Peru, Janick Maceta, 27; Porto Rico, Estefanía Soto, 29; República Dominicana, Kimberly Jiménez, 24; Tailândia, Amanda Obdam, 27.

TOP 21 – semifinalistas

Argentina, Alina Luz Akselrad, 22; Austrália, Maria Thattil, 28; Brasil, Julia Gama, 27; Colômbia, Laura Olascuaga, 25; Costa Rica, Ivonne Cerdas, 28; Curaçao, Chantal Wiertz, 22; Estados Unidos, Asya Branch, 23; Filipinas, Rabiya Mateo, 24; França, Amandine Petit, 23; Grã-Bretanha, Jeanette Akua, 29; Índia, Adline Castelino, 22; Indonésia, Ayu Maulida, 23; Jamaica, Miqueal-Symone Williams, 24; México, Andrea Meza, 26; Mianmar, Thuzar Wint Lwin, 22; Nicarágua, Ana Marcelo, 24; Peru, Janick Maceta, 27; Porto Rico, Estefanía Soto, 29; República Dominicana, Kimberly Jiménez, 24; Tailândia, Amanda Obdam, 27; Vietnã, Khánh Vân Nguyen, 26.

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