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Julgamento de valadarense acusado de terrorismo em Massachusetts é nesta quarta (17)

Família do pastor Douglas Gonçalves espera por justiça e reparação moral

A família do imigrante valadarense Douglas Gonçalves, de 30 anos, vive o drama de ter que aguardar o dia do seu julgamento. Douglas foi preso pelo FBI em sua casa, em Natick, em Massachusetts, no dia 5 de fevereiro, após ser acusado de planejar um ataque terrorista na rede americana de supermercados Wegmans, em Massachusetts.

Segundo a polícia, Douglas fez ameaças de ataque de terrorismo por e-mail de que iria entrar na rede de supermercados e atirar contra os funcionários, após ter sido “demitido”. 

Nesta terça-feira, o DRD conseguiu entrar em contato com a esposa e irmã de Douglas, que clamam por justiça. O julgamento do valadarense está marcado para esta quarta-feira (17), às 9h45, horário de Brasília. A audiência está marcada para acontecer na corte de Sumerville.

Futuro de Douglas Gonçalves será decidido em julgamento nesta quarta (17), na corte de Sumerville

Entenda o caso

Douglas está preso desde o dia 5 deste mês no presídio de segurança máxima em Billerica – MA . A prisão do pastor aconteceu, em seu apartamento, em Lakeview Avenue. Douglas trabalhava na Instacart, um serviço on-line pelo qual as pessoas podem fazer pedidos de mantimentos de uma loja e depois mandar entregá-los em suas casas. O Instacart atendia o supermercado Wegmans.

De acordo com a Polícia de Medford, o Instacart havia demitido Douglas. Portanto a polícia acredita que Douglas atribuiu a demissão a vários funcionários da loja Wegmans naquela cidade e fez ameaças por e-mail de que iria “atear fogo no local e atirar neles”.

As ameaças foram relatadas no início da semana passada e a polícia de Medford iniciou uma investigação. Douglas foi indiciado por fazer ameaças terroristas, fraude de identidade e posse de documentos fraudulentos do Departamento de Registro de Veículos Automotores (RMV, sigla em inglês).

O DRD entrou em contato com alguns veículos de imprensa em Massachusetts para conseguir detalhes do andamento das investigações. A última atualização sobre o caso é que os investigadores não checaram ainda a origem do e-mail com a mensagem terrorista.

A redação do jornal Brazilian Times disse que a promotoria não apresentou provas de ameaças dentro da loja. A única “prova” apresentada mostra o brasileiro fazendo compras para um aplicativo para o qual ele trabalha, conhecido por Instacart.

Esposa do valadarense grava vídeo pedindo justiça

Para quem não sabe, Douglas é pastor auxiliar na Philadelphia Ev. Church, em Framingham, casado há 7 anos com a missionária brasileira Daiane Alves e pai de um menino de cinco anos de idade. Daiane e Douglas se conheceram no município de Alpercata-MG e decidiram morar nos Estados Unidos há um ano e sete meses.

A prisão de Douglas chegou justamente em um momento de expectativa para a família. Sua esposa, Daiane, está grávida. Daiane gravou um vídeo. No vídeo ela comenta a indignação e ausência de provas da Justiça contra o marido.

Assista na íntegra:

“Estamos sofrendo injustiça, estamos sofrendo preconceito, retaliação de uma coisa que nós não fizemos. Então, você que está assistindo esse vídeo, sou mãe de um filho, estou grávida, meu marido é um servo de Deus, queria dizer que nós temos provas da nossa inocência, e eles não têm prova concreta contra nós. Meu marido é inocente. Você que pode, ore, compartilhe; você que pode, doe, faça uma doação, pois também estamos carecendo de doações. Eu fui expulsa do nosso apartamento, tive que ir para a casa da prima do meu marido.”

Daiane Alves, esposa de Douglas.

Família sofre com a distância e falta de respostas

Douglas tem familiares que moram no distrito de Era Nova, a 17 quilômetros de Valadares, e em Teófilo Otoni. Todos se uniram em uma campanha nas redes sociais com a #Pastordouglasinocente para tentar ajudar a provar a inocência do pastor.

“Nesse momento a gente fica angustiado e triste ao ver tudo isso acontecendo com ele. O Douglas sempre foi correto, um homem de família, nunca deu trabalho para nossa mãe. Portanto não há cabimento isso ser verdade. Ver ele passando por essa situação deixa a gente muito triste. Já são 11 dias de sofrimento aqui no Brasil. Meu irmão não é um terrorista”, desabafou a irmã de Douglas, Nayara Ferreira Gonçalves, 33 anos.

A irmã também contou o sofrimento da mãe, que mora na cidade de Malacacheta-MG.

“No dia que minha mãe recebeu a notícia passou mal, ficou dias sem comer. Todos os dias ele ligava para minha mãe, ficavam batendo papo por horas por telefone. Vocês não têm noção do quanto estamos aflitos com tudo isso”, disse.

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