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Imigrante valadarense é preso acusado por terrorismo em Massachusetts. Família tenta provar inocência

Família do pastor valadarense Douglas Gonçalves diz que ele é inocente

O pastor valadarense Douglas Gonçalves, de 30 anos, foi preso pelo FBI em sua casa, em Natick, em Massachusetts, após ser acusado de planejar ataque terrorista na rede americana de supermercados Wegmans, em Massachusetts.

Segundo a polícia, Douglas fez ameaças por e-mail de que iria entrar na rede de supermercados e atirar contra os funcionários. De acordo com o FBI, Douglas os acusavam de serem os culpados pela perda do seu emprego. A família de Douglas nega a acusação e tenta provar a inocência do valadarense, que segue preso sem direito a pagamento de fiança.

A prisão de Douglas aconteceu no dia 5 de fevereiro, em seu apartamento, em Lakeview Avenue. Douglas trabalhava na Instacart, um serviço on-line no qual as pessoas podem fazer pedidos de mantimentos de uma loja e depois mandar entregá-los em suas casas. O Instacart atendia o supermercado Wegmans.

De acordo com a Polícia de Medford, o Instacart havia demitido Douglas. Portanto a polícia acredita que Douglas atribuiu a demissão a vários funcionários da loja Wegmans naquela cidade e fez ameaças por e-mail de que iria atear fogo no local e atirar neles.

As ameaças foram relatadas no início da semana passada e a polícia de Medford iniciou uma investigação. Douglas foi indiciado por fazer ameaças terroristas, fraude de identidade e posse de documentos fraudulentos do Departamento de Registro de Veículos Automotores (RMV, sigla em inglês).

Douglas segue preso no presídio de segurança máxima em Billerica – MA até a próxima audiência marcada para esta quarta-feira (17).

Família tenta provar inocência do pastor e pede apoio a valadarenses

Douglas é valadarense e tem familiares que moram no distrito de Era Nova, a 17 quilômetros de Valadares. O imigrante valadarense é atualmente pastor auxiliar na Igreja Philadelphia Ev. Church, em Framingham. Casado há 7 anos com a missionária Daiane Alves, eles têm um menino de cinco anos de idade.

Uma prima de Douglas, Fernanda Pires, conversou por telefone com o DRD e disse que a família está revoltada com a prisão do primo. “São acusações infundadas, tem até jornais aqui publicando isso sem nenhum fundamento, saíram notícias em vários blogs com essa informação. Como aqui em Massachusetts as ameaças terroristas são severas, permite que se prende a pessoa para que depois se investigue o caso. Conseguimos contratar um advogado nessa sexta-feira (12) para ajudar no caso e tentar resolver isso logo”, relatou a prima.

 “Estamos aqui para provar a inocência de um homem de caráter que está preso em uma penitenciária de segurança máxima sem ter cometido crime algum”.

Fernanda Pires, prima de Douglas

De acordo com Fernanda, as acusações do FBI não têm fundamento. “Douglas trabalhava com uma conta de Instacart alugada, na qual se encontra muita oferta em grupos de Facebook e WhatsApp, não sendo ele responsável em criar a conta. O que houve de fato foi um engano. A gente espera que o FBI descubra isso logo, de onde partiu esse e-mail terrorista. A gente acha que seja alguém que queira prejudicar o trabalho dele, mas ainda não podemos afirmar isso ainda sem provas. A gente sabe que ele é inocente, nem possui computador em casa e não fala inglês. Como eu falei antes são acusações infundadas”, afirma.

Segundo a prima, as autoridades não realizaram a verificação do IP da internet da residência de Douglas e também não a comparou com o IP do suposto e-mail.

A família de Douglas entrou em contato com várias comunidades valadarenses de imigrantes nos Estados Unidos para se unirem em uma campanha nas redes sociais com a #Pastordouglasinocente para tentar ajudar a provar a inocência do pastor.

“A esposa e o filho de cinco anos estão aqui em casa revoltados e tristes com essa situação. A família dele que mora em Era Nova também está bastante aflita”, comentou Fernanda.

Nesta quarta-feira (17) haverá uma nova audiência para ouvir a defesa e a acusação. Na primeira audiência o promotor pediu para adiamento da corte por ter certeza da periculosidade do suspeito

O supermercado Wegmans não se manifestou sobre o assunto.

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