No comparativo, os subíndices renda atual e nível de consumo assumiram uma alta de 0,3 ponto e 0,9 ponto se comparados ao mês anterior
Afetada pelos impactos econômicos atuais, a intenção de consumo das famílias apresentou uma redução de 1,4 ponto, atingindo uma pontuação de 71,4 em janeiro de 2022 contra 72,8 pontos registrados no mês de dezembro de 2021.
Com este resultado, o indicador permanece no nível de insatisfação, ficando abaixo dos 100 pontos, fronteira que sinaliza otimismo por parte do consumidor. Os resultados compõem a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) elaborada mensalmente pela Fecomércio MG, com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O resultado mensal foi influenciado pela retração dos itens que compõem o ICF comparados entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, respectivamente: emprego atual (de 107,2 para 105,6 pontos); perspectiva profissional (101,9 pontos para 93,0); acesso ao crédito (71,1pontos para 70,7) e perspectiva de consumo (74,0 pontos para 73,6).
De acordo com a pesquisa, apenas dois subitens apresentaram crescimento: renda atual e nível de consumo, com 82,9 pontos e 49,9 pontos, respectivamente. Enquanto o item momentos para duráveis manteve estabilidade.
O Economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, destaca que a alta da inflação e o aumento das taxas de juros, além do elevado número de desempregados são fatores que contribuem para a perspectiva negativa apurada. “O poder inflacionário e o encarecimento do crédito, contribuem na decisão de compra das famílias, em geral o nível de preços fica elevado e os salários não acompanham, explica.”
A ICF é um indicador capaz de medir, com precisão, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos relacionados à condição de vida de sua família, tais como a capacidade e qualidade de consumo atuais e de curto prazo, nível de renda doméstico e segurança no emprego.
