CONTAGEM – Para ampliar a proteção do consumidor e fortalecer o controle de qualidade no setor de bebidas, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) instituiu o Projeto Bebida Segura. A iniciativa foi viabilizada com recursos do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEPDC), por meio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com a captação de quase R$ 2 milhões.
Os recursos serão destinados à criação do Laboratório de Análise de Bebidas (Labe), que funcionará no Laboratório de Química Agropecuária (LQA) do IMA, localizado no CeasaMinas, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O novo laboratório terá como foco qualificar e dar mais agilidade às análises de bebidas alcoólicas produzidas e comercializadas no estado. O objetivo do projeto é assegurar o cumprimento dos padrões de identidade e qualidade das bebidas, além de mitigar riscos de fraude e de contaminação que possam comprometer a saúde do consumidor e causar prejuízos à economia mineira. A proposta também busca ampliar a capacidade analítica do estado e tornar os processos de fiscalização mais eficientes.
De acordo com a diretora-geral do IMA, Luiza de Castro, a circulação de bebidas adulteradas ou contaminadas vai além dos riscos à saúde pública. “Esse tipo de prática compromete a economia e a credibilidade dos produtos mineiros no mercado mundial. Países e outros estados brasileiros deixam de comprar produtos de regiões associadas à informalidade e à fraude. Ao fortalecer o controle e a fiscalização, o Projeto Bebida Segura contribui para consolidar a imagem de Minas Gerais como um estado comprometido com a legalidade e a qualidade”, destaca.
O Labe será sediado no LQA, que já dispõe de uma infraestrutura considerada robusta e de uma equipe técnica especializada, formada por químicos, farmacêuticos, estatístico/matemático e técnicos. Entre as metas do projeto estão adaptações físicas em um setor específico do laboratório, a aquisição e instalação de novos equipamentos, a implementação de métodos analíticos específicos e o fortalecimento da autonomia operacional da unidade. Segundo o gerente de inspeção de produtos de origem vegetal do IMA, Lucas Guimarães, a expectativa é que a iniciativa traga ganhos significativos para o serviço público e para o setor produtivo. “A expectativa é reduzir o tempo entre a coleta das amostras e a emissão dos resultados, além de ampliar o volume de bebidas analisadas”, afirma.







