A medida é obrigatória, e produtores têm que imunizar fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses
Os produtores mineiros que possuem no rebanho fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses de idade têm até o dia 31 de dezembro para vacinar as bezerras contra a brucelose. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o órgão responsável para supervisionar a vacinação em Minas Gerais. Aliás, o IMA segue as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
De acordo com o IMA, a vacinação é obrigatória e deve ser feita todo ano, a cada seis meses. A médica veterinária do IMA, Luciana Oliveira, que coordena o programa no Estado, alerta sobre a importância da imunização.
“O IMA reforça que os atestados de vacinação sejam entregues aos escritórios seccionais, já que é por meio desta informação que o órgão saberá que o produtor realizou a vacinação de seus animais. A brucelose é uma das causas de perdas econômicas na pecuária, já que pode provocar abortos, queda na produção de leite e diminuição no ganho de peso dos animais”, destaca.
Mais informações sobre a doença estão nesta cartilha.
Proteção contra a doença
A vacinação contra a brucelose deve ser rotina em todas as fazendas, independente do perfil produtivo. Sobretudo nas propriedades leiteiras ou de corte, todas as bezerras precisam da vacinação para se protegerem contra a doença.
Mas como a imunização das bezerras é feita por meio de uma vacina viva atenuada, explica Luciana Oliveira, a atividade somente pode ser feita por médico veterinário com cadastro no PNCEBT ou por vacinador sob sua responsabilidade.
“No PNCEBT temos aprovado o uso de dois tipos de vacina, a B19 e a RB51. A grande diferença entre as duas é a não interferência dos anticorpos vacinais no diagnóstico de brucelose quando se utiliza a RB51. Lembrando que as fêmeas vacinadas com a B19 deverão ter uma marca no lado esquerdo da face com o algarismo final do ano da vacinação. Já as fêmeas vacinadas com a RB51 deverão ter uma marca no lado esquerdo da face com a letra V. Na prática, para as vacinações feitas em 2021, a marca nas bezerras é a do número 1, quando vacinadas com a B19”, frisa.
Antes de tudo, a compra da vacina contra brucelose somente acontece mediante apresentação do receituário de um médico veterinário cadastrado no PNCEBT, que fica retido onde comprou. A vacina adquirida deve ser mantida entre 2 e 8ºC do momento da compra até a vacinação das fêmeas.
Declaração
De acordo com a legislação, a declaração da vacinação contra a brucelose ao IMA é obrigatória. Dessa forma, ao final de cada seis meses, o produtor tem até o 10º dia do mês subsequente para a entrega dos atestados. A vacinação de dezembro deste ano tem que ser comprovada até o dia 10 de janeiro de 2022. Saiba como fazer a declaração aqui.
O IMA recomenda que os atestados de vacinação contra a brucelose sejam entregues (ou enviados por e-mail) ao escritório seccional, após a vacinação. Mas o produtor que não vacinar, ele é passível de multa no valor de 25 Ufemgs, o que equivale a R$ 98,60/bezerra, tendo como base o número de fêmeas de 0 a 12 meses da última declaração feita ao IMA em ficha cadastral. Enquanto o produtor que deixar de declarar a vacinação ao IMA está sujeito a multa em 5 Ufemgs, no valor de R$ 19,72/bezerra.
Os produtores podem conferir neste link as unidades do IMA que podem receber os atestados.
*com informações da Agência Minas
