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Igreja  de Valadares leva água para tribo Pataxó em Brumadinho

FOTO: divulgação.

Uma igreja de Valadares tomou a iniciativa de ajudar indígenas da região atingida pelo rompimento da barragem do córrego do Feijão. A ajuda veio depois que o cacique de uma tribo de Brumadinho pediu ajuda médica para seu grupo. De acordo com Hãyó, o ambiente do rejeito está adoecendo os índios, que também estão sem alimento.

O pastor Flamarion Rolando, da Igreja do Evangelho Quadrangular, afirmou que tomou conhecimento da situação da tribo Pataxó após ser acionado pela Fundação Nacional de Índio (Funai). O contato com a instituição se iniciou em 2015, após a tragédia de Mariana, que atingiu Valadares fortemente. Na época, segundo o pastor, a igreja montou uma campanha nacional e arrecadou dois milhões de litros de água.

O pedido de auxílio foi registrado (em vídeo) na segunda-feira, 29, pelo pastor Flamarion Rolando, que foi o primeiro a reunir e entregar doações de água, vindas de fiéis da Igreja Quadrangular. “Noticia-se que a população não necessita de mais água e alimento, mas a impressão é que não está chegando até ela. Nós temos aqui mais um caminhão de água para enviar”, afirmou Rolando.

A ação de solidariedade, que já é uma característica da Igreja do Evangelho Quadrangular, chegou ao conhecimento da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que parabenizou a Igreja pela iniciativa. “Temos na região o povo Pataxó, que teve que sair da sua tribo e está passando por dificuldades. Quando fiquei sabendo da iniciativa, eu não poderia deixar de parabenizar essa igreja, que dá show no apoio humanitário. A igreja de Valadares e o pastor Flamarion fizeram história no país com essas ações. Parabéns a todos os envolvidos, e vamos continuar orando por Brumadinho”, disse Damares.

Sete dias da tragédia de Brumadinho e família de “Bela” ainda sem notícias

Na noite de hoje, 1º, sete dias depois da tragédia que abalou o Brasil e o mundo, vai ser celebrada uma missa em intenção de Izabela Barroso, a engenheira de Minas que é uma das vítimas da tragédia de Brumadinho, ocorrida no dia 25 de janeiro. A Missa vai ser realizada na Catedral de Santo Antônio, a partir das 20h. A família, que sofre com falta de informação, busca nas orações forças para continuar.

Amigos e familiares da “Bela” estão organizando um movimento em prol das vítimas de Brumadinho e criaram um perfil no Instagram (@ondeestabela) e uma página no facebook (“Onde está a Bela?”). A família pede a quem for participar da missa para que vá vestido de branco.

Quatro bombeiros de GV partiram para ajudar nas buscas em Brumadinho

Eram 6 horas de ontem, 31, quando quatro bombeiros militares saíram de Valadares rumo a Brumadinho, para se juntar a mais dois militares que já tinham ido para o local no início da semana. Ao sair do quartel, o único desejo deles é de formar força na busca por desaparecidos.

A sargento Lucilene, uma das poucas mulheres que têm o curso curso de salvamento em soterramento, enchentes e inundações (CSSEI) em Minas Gerais, fala desse momento que vem causando um sentimento de insegurança em todos os brasileiros: “Atuar em uma operação de ‘busca e salvamento’ dessa magnitude é um ato de entrega absoluta! Traz à flor da pele o juramento do Corpo de Bombeiros Militar, que é salvar vidas e bem alheios, mesmo com a sacrifício da própria vida”.

Ao chegar a Brumadinho, a sargento deu uma entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO RIO DOCE, por telefone, falando da primeira visão que ela teve do local. “Um verdadeiro cenário de guerra. Ainda não fomos a campo, mas, infelizmente, é terrível a visão que temos aqui. Esperamos fazer a diferença para levar um pouco de alívio aos familiares das vítimas”.

A cada semana o Corpo de Bombeiros de Valadares vai enviar seis militares para ajudar nas buscas em Brumadinho. A primeira equipe é composta pela sargento Lucilene, sargento Bastos, soldado Machado e soldado Ulisses, que se juntaram ao tenente Abel e ao cabo Eliéser.

Manifestação em Valadares

Na manhã de ontem, 31, cerca de 250 manifestantes protestaram contra a Vale, em solidariedade às vítimas de Brumadinho. Além da manifestação na portaria da mineradora, integrantes da frente Brasil Popular também fecharam um trecho da ferrovia com pedaços de pau e ferro, cobrando por justiça. Na hora da manifestação eles simularam o trabalho que o Corpo de Bombeiros vem realizando no local. O número de mortos em Brumadinho sobe para 99, e 259 estão desaparecidos. Dos 99 mortos confirmados até agora, 57 já foram identificados.

por Angélica Lauriano | angelica.lauriano@drd.com.br

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