[the_ad id="288653"]

Ibituruna se torna palco da prática do mountain bike

As trilhas são aproveitadas nas modalidades de enduro, downhill e cross country

Apesar da maior fama da Ibituruna vir do voo livre, ela também é conhecida no sudeste como o paraíso para esportes de montanha e serve de cenário para várias modalidades de esportes de aventura, dentre eles o mountain bike downhill, o enduro e o cross country. Em Valadares há cerca de 12 grupos de ciclistas e cerca de 200 atletas que utilizam a Ibituruna para praticar uma destas modalidades.

No enduro além do atleta descer de bicicleta a montanha, ele também encara retas e subidas pedalando. Esta modalidade vem crescendo muito no mundo inteiro e em Valadares não tem sido diferente. Uma das explicações para isso, de acordo com o presidente da Associação Ciclística de Valadares, Luís Filho, é a Ibituruna.

“A Ibituruna é propícia ao enduro porque oferece um pacote completo pelas suas trilhas técnicas e naturais. Ela tem trechos com pedras, trechos de mata, descidas íngremes, trilhas rápidas, sem muita intervenção humana. Isso a Ibituruna tem demais”, afirmou.

Um dos grupos que pratica a modalidade no pico é o Enduro GV. Atualmente com 45 integrantes na faixa etária de 18 a 50 anos. As trilhas são geralmente feitas nas manhãs e tardes de sábado ou aos domingos de manhã. No rol de percursos estão: Trilha da Asa Delta (que tem início ao lado da rampa de voo livre, localizada próxima ao bar da rampa no pico), Trilha da Embratel, Trilha do Curral (localizada no terreno atrás do Trilhas Bar, em frente ao Parque Municipal), Trilha do Vale Silvestre, Trilha da Matinha e da Nova América. O fisioterapeuta e empresário Flávio de Souza conta como o grupo ajuda a cuidar da Ibituruna: “Nós também fazemos a manutenção da trilha (limpeza, conserto pós-chuvas, catamos lixo deixado por outros), fazemos obstáculos e dividimos os custos entre nós”, contou.

Nas noites de lua cheia alguns praticantes da modalidade costumam subir de carro a Ibituruna, descer a trilha da Farofa, Matinha, Escolinha, Vilage e Nova América chegando atrás da Ibituruna, onde os carros esperam o grupo.

O downhill é um esporte que consiste em descer de bike uma montanha. Valadares é tida como a “meca” do Mountain bike Downhill. Na Ibituruna existem diversos locais para praticar a modalidade como: Trilha da Asa Delta, a trilha da Embratel, a Trilha do Curral e as trilhas localizadas na parte de trás da montanha, como a Matinha e a Nova América. O esporte é geralmente mais praticado nos fins de semana, principalmente nas tardes de sábado. As trilhas da Asa Delta, da Embratel e do Curral são utilizadas para o treinamento da equipe Downhill Governador Valadares (DHGV). Atualmente a equipe tem 25 membros fixos.

Para praticar downhill é necessário ter uma bicicleta apropriada e usar equipamentos de proteção. Diferente de uma bicicleta de mountain bike comum, a bicicleta de downhill não possui marchas “leves”, que possibilitam subir morros e ainda possui suspensões próprias para a descida.  Então para chegar ao início das trilhas, o praticante precisa de preferência de um transporte motorizado. A sugestão do atleta valadarense de Downhill Daniel Gomes para quem está iniciando no esporte é praticar na Trilha do Curral. “Lá sempre tem gente praticando a modalidade e tem trilhas para diversos níveis de habilidade. Aí conhece o pessoal, vai se enturmando e pegando intimidade com o esporte. Como é localizado em uma altimetria menor, ali é mais viável de subir empurrando. Aí depois que já estiver em um nível mais intermediário, já está apto a descer as trilhas com maior dificuldade e que exigem transporte até o início da trilha”, explicou.

Já na modalidade cross country, os praticantes encaram trilhas longas com muitas subidas e descidas em qualquer tipo de terreno (cascalho, pedras, grama, areia). O estudante do terceiro ano da Escola estadual Quintino Bocaiuva, Raphael Mendes, é o integrante mais novo do grupo de cross country Rennan Quintino Assessoria Esportiva. A turma é pequena, são sete pessoas, na faixa etária de 20 a 38 anos. Eles costumam subir nas manhãs de terças e sábados. O grupo costuma fazer a trilha da Embratel, Trilha do Curral e pegar a estrada principal de acesso a Ibituruna, inclusive à noite. Das três, a preferida do estudante e atleta Raphael Mendes é a do Curral, que ele chama de “pistinha”. “Porque lá dá mais adrenalina de descer em pedras, subir, pular rampas. Chamo de pistinha porque você consegue fazer várias voltas no mesmo lugar, tipo pista de corrida”, explicou.

Para Luis Filho, todos os adeptos dos esportes praticados no pico amam a natureza e, principalmente, nosso maior patrimônio ambiental. “Somos apaixonados pelo pico da Ibituruna. Chegar lá em cima e ver toda a cidade é revigorante para todos os ciclistas, não importa a modalidade”, afirmou Luís Filho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM