Na tarde desta terça-feira (29) aconteceu o treinamento de Evacuação de Emergência na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Hospital Bom Samaritano (HBS), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar. O HBS conta com 171 brigadistas de incêndio enquanto o Complexo Hospitalar conta com 26 hidrantes e 130 extintores. Todos os pacientes foram alertados de que seria apenas uma simulação.
O objetivo foi testar a eficácia do combate a incêndio dos brigadistas do hospital. De acordo com levantamentos do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), só em 2021 foram 2.301 incêndios no Brasil, dos quais 5,4% ocorreram em hospitais. Enquanto de janeiro a junho deste ano, houve um aumento acima de 30% nas ocorrências.
Ainda de acordo com o instituto, incêndios em hospitais são ainda mais desafiadores pelo constante manuseio de equipamentos e produtos inflamáveis, como cilindros de oxigênio, equipamentos tomográficos e de raios-X.
Falso incêndio
Na simulação, um falso incêndio contou até com fumaça artificial. A ação começou na sala de Raio-X e teve a “participação” de três vítimas. Os 30 brigadistas que participaram são funcionários do HBS. Eles fazem parte do quadro de enfermeiros, técnicos de segurança do trabalho, administrativo, higienização e cozinha. Todos são certificados como brigadistas.
O treinamento foi em três equipes, ou seja, de socorro, de combate a incêndio e evacuação. Para George Gonzaga, técnico de segurança do trabalho, o simulado é uma forma de atualizar os funcionários e mantê-los atentos.
“Fiquei responsável pela equipe de socorro, que vai [resgatar] o máximo de vítimas possíveis; para saber quem podemos socorrer mais rápido, checar sinais vitais, checar se a pessoa está consciente. A equipe de evacuação tentará tirar o máximo possível de pessoas, de forma ordenada. Já a equipe de combate ao fogo tomará as primeiras providências, enquanto os bombeiros não chegam”, explica.
Maryelle Barbosa trabalha há dois anos no Hospital Bom Samaritano. Esta, aliás, é a primeira vez que ela participa da simulação. O HBS realiza o treinamento todo ano. A simulação, porém, não acontecia desde 2019, devido à pandemia de covid-19.
Importância do treinamento
“Reconheço a importância do treinamento, porque os funcionários precisam saber como é feito o combate ao incêndio e os procedimentos a serem tomados, como a manipulação de hidrantes, extintores e a evacuação. Precisamos saber o que fazer com as vítimas. A gente quer estar dentro das normas e atento a isso”, afirma Maryelle.
De acordo com o sargento Célio Moreira, o Corpo de Bombeiros preza pela prevenção. “Vamos tentar amenizar ao máximo e contribuir para que, se uma eventualidade acontecer, a gente possa diminuir os contratempos. Os bombeiros há anos têm aprimorado a prevenção. Ela nos capacita a evitar um mal maior. Estamos tentando ajustar justamente nas grandes empresas e hospitais, tendo um pessoal treinado, principalmente, para facilitar a retirada de pacientes”.
Já de acordo com o tenente Danilo Bruner, a simulação foi um sucesso. “A brigada é uma obrigação legal, seguindo as diretrizes da Instrução Normativa 12, uma norma do Corpo de Bombeiros. Ao final deliberamos sobre os pontos a melhorar. O simulado todo costuma observar pontos a serem melhorados. Tenho certeza de que esse foi melhor que o último e o próximo será melhor ainda”, disse.
