[the_ad id="288653"]

‘Histórias e conhecimento sem capitular’

FOTO: Freepik

UNIVALE Editora cede espaço em seu blog para depoimento contundente de Sua Excelência, o Livro

GOVERNADOR VALADARES – “Histórias e conhecimento sem capitular”. Pensei nisso para celebrar meu dia. Nada define melhor minha razão de ser do que a missão de guardar e difundir histórias e conhecimento. Letras, letras, letras… Idiomas, idiomas… Dados. Palavras. Páginas lidas para lidar com a complexidade de todos os tempos. Leitores e leitoras cuja lei é sobrepujar a ignorância, o medo, o obscurantismo. Pois toda forma de limitação e intimidação, ainda que fugidia, reserva alguma perversidade. Sou o contrário disso. Estou aí há milhares de anos, em pedra, papel e nuvem. Sou Livro.

Plasmei na alma da humanidade uma sensação que une eras e permite vislumbrar horizontes. Passei de mão em mão, de sonho em sonho, de estante em instantes. Sofri o calor da inquisição em diferentes momentos e versões. Fui queimado por mentes criminosas, mas também em inúmeras fogueiras de vaidades. Pensei em dias mais sublimes e gravei muitos lados da nossa trajetória. Tem coisa que não mudou, porque há páginas que o ser humano tem muita dificuldade para virar e seguir em frente. É impressionante como uma porção de gente vive em função de fazer releituras de descalabros — ironicamente, boa parte desse grupo é composta por quem lê pouco.

Mas nunca capitulei. Nem jamais irei. É engraçado porque, quando a gente fala em capitular, lembra-se dos capítulos. Cada capítulo que, por sua vez, significa “pequena cabeça”, e que enumero em meus infinitos exemplares. E menos pessoas se lembram que capitular é verbo que significa entregar-se, render-se, desistir. Seria algo como “abaixar a cabeça” para uma investida ou uma imposição. A renda per capita é a renda média de uma população, a renda “por cabeça” — por sinal, costuma ser mais alta entre pessoas que têm o hábito de ler. A capital de um país é tipo a “cabeça”, onde pulsam as decisões, o governo, os rumos da nação. E no índice da história, já houve muitos episódios que sugeriram que o conhecimento, os fatos, a verdade e o bom senso iam capitular. Modéstia à parte, graças a mim isso jamais aconteceu.

Sou isso. E sou muitos, tanto que todas as contagens a meu respeito não passam de estimativas. A vida, por sinal, não é exatamente sobre precisão. Mas é sobre precisar. E, certamente, tudo que a humanidade precisa é fazer revisões em posturas, atitudes e ataduras. Levar a literatura e a ciência a sério, para esclarecer o que é óbvio e refletir sobre o que ainda é mistério. Minhas capas, uma mais linda que a outra, são apenas o início de uma jornada que traz lucidez, liberdade e o sentimento do mundo. Não por acaso, quem convive comigo costuma sentir mais segurança diante do complexo projeto editorial que a vida entrega às pessoas.    

Sou tech, sou pop, sou tudo! Veredas de caracteres enfileirados, para ajudar a formar caráter. Um design oferecendo subsídios para desenhar futuros. A tela do seu smartphone, do seu tablet, de um e-reader com uma Amazônia de possibilidades. Fauna e flora de impulsos imprimindo uma deliciosa velocidade ao estar vivo! E se há muitos de mim a serviço da desinformação e do infortúnio, é porque fui criado e sou editado por vocês. Portanto, quem acredita que nosso planeta pode ser uma citação de destaque neste vasto universo deve devorar-me e difundir o que há de bom em mim, fazendo de minhas prosas uma vigília contra a ruína; e de meus versos todo avesso do retrocesso. Sem capitular jamais. Cabeça baixa, só quando estiver lendo algo em mim. Assim, o maior componente da renda per capita de um povo será a rendição perplexa de quem quer subjugá-lo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

RECORD Summit 2025 com a presença da TV Leste

🔊 Clique e ouça a notícia Emissora está entre as 108 afiliadas da RECORD e participou da Convenção em Ibiúna (SP) com a equipe de Marketing e Comercial. IBIÚNA (SP)