Hanseníase é tema de seminário em Valadares

Com objetivo de fortalecer as ações de políticas públicas de prevenção e combate à Hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Referência em Doenças Endêmicas e Programas Especiais Dr. Alexandre Castelo Branco (Credenpes), realizou nesta sexta-feira (24), o I Seminário Municipal de Hanseníase. Com o tema “Hanseníase tem Cura”, o evento foi aberto para comunidade e profissionais da saúde.

Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, foram notificados, no ano passado, 74 novos casos da doença, na cidade, número igual identificado em 2018. A equipe multidisciplinar do Credenpes acompanha todos os casos, em Valadares, baseados nas normas nacionais e estaduais.

O coordenador do Credenpes, Pedro Ferreira de Paula, lembrou que dia 26 deste mês é o Dia Mundial Contra a Hanseníase e que, mesmo sendo uma doença milenar, as pessoas ainda têm preconceito. “É muito importante falar desta doença, já que três anos para cá a doença tem crescido. Ainda hoje, o preconceito é pior do que a própria doença. Mas hanseníase tem tratamento, tem cura e que as pessoas precisam procurar ajuda”.

O prefeito André Merlo parabenizou o interesse dos profissionais da área de saúde presentes, que buscam se qualificar sempre, e disse que o Município segue trabalhando, apesar da diminuição de repasses do Estado. “A diminuição dos repasses do Estado, em 2018, sacrificaram muitos municípios. Valadares tem um crédito do Estado de mais de 80 milhões de reais, só na saúde, somando tudo, são mais de 140 milhões. Antes, o Hospital Municipal realizava, em média, 12 a 13 mil procedimentos por mês. Hoje, são de 18 a 20 mil procedimentos. As cidades vizinhas, que não têm condições, enviam pacientes, e nós resolvemos os problemas”.

O médico hansenólogo do Credenpes Dr. Alexandre Castro Branco, abriu a rodada de palestras, com o tema: “Aspectos históricos, epidemiológicos e clínicos da Hanseníase”. De acordo com o médico, a hanseníase começa a se manifestar na pele, com manchas mais claras, vermelhas ou escuras, e pouco visíveis, ou pode aparecer apenas alteração da sensibilidade. “90% da população mundial não adoece, porque tem resistência à doença. Os outros 10% correm risco de contrair diversas formas de hanseníase. Uma dica para identificar a doença, é pegar uma caneta e tocar levemente na lesão suspeita. Se ele não sentir o toque, procure atendimento e peça um exame”.

O seminário seguiu com Eny Carajá Filho, coordenador do Núcleo Estadual do Morhan, do Conselho Nacional de Saúde, que trouxe como tema: a “Organização e participação social de pacientes com Hanseníase”. Já a Drª Ana Lúcia Alves de Oliveira, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora/GV, veio com o tema: “Avanços científicos no diagnóstico da Hanseníase”.

As ações contra a hanseníase continuam neste sábado (25), a partir das 8h, com caminhada e atendimento com a equipe do Credenpes, além de outros da saúde.

Confira a programação:

8h: Concentração Praça Serra Lima

8h30 às 9h: Caminhada Janeiro Roxo (trajeto Praça Serra Lima até a Praça dos Pioneiros).

9h: Abertura na Praça dos Pioneiros

9h30: Ações do programa Credenpes

12h: Encerramento.

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