Segundo a PM, os celulares são chamados de espelhos pelos detentos, por isso a operação foi chamada “Espelho Meu”
GOVERNADOR VALADARES – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou nesta quinta-feira (19) a Operação “Espelho Meu”. Por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), a operação investiga a facilitação da entrada de celulares em estabelecimentos prisionais, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico e facilitação de fuga praticados por uma organização criminosa.
Assim as investigações apontaram que a organização criminosa contribuía, mediante pagamento, para o ingresso de aparelhos celulares, drogas e outros itens proibidos em estabelecimento prisional. A facilitação para o ingresso dos referidos itens envolve, contudo, servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas, além de familiares dos envolvidos.
Segundo a Polícia Militar (PM), os celulares são chamados de espelhos pelos detentos, por isso a operação foi chamada “Espelho Meu”. Com acesso ao aparelho, então, os presos continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos de dentro da unidade prisional.
Durante a operação, os policiais cumpriram 17 mandados de busca e apreensão e um afastamento de função pública, determinados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Valadares. A operação ocorreu em Valadares, Ponte Nova, Francisco Sá e Belo Horizonte, além das cidades de Vitória e Serra, no estado do Espírito Santo.
Além da Polícia Militar e da Civil, a Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública atuaram na operação, assim como os GAECOs de Belo Horizonte, de Ipatinga e do estado do Espírito Santo. Ao todo, participaram da operação seis promotores de Justiça de MG e ES, 65 policiais militares, um policial civil e 23 policiais penais. A operação contou, ainda, com o apoio do helicóptero Pégasus da PM e cães farejadores.