Governo de Minas reforça cuidados com a saúde no Carnaval

Ações de conscientização sobre prevenção das ISTs serão desenvolvidas junto aos foliões, em parceria com blocos de rua

O Carnaval chegou e, antes de sair de casa para curtir a folia, é importante ter cuidado com a saúde e utilizar camisinha em todas as relações sexuais para a prevenção de HIV/Aids, hepatites, sífilis, além de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Embora os cuidados devam ocorrer durante todo o ano, é neste período que eles precisam ser intensificados. Para reforçar a prevenção, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) distribuirá mais de oito milhões de preservativos em todo o estado durante as festas.

Além disso, para conscientizar os foliões, a SES-MG também lançou a campanha de prevenção à Aids e às ISTs com o tema: “Camisinha. Em qualquer bloco, ela veste bem”.  A ação tem o objetivo de estimular o uso do preservativo como forma de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis.

Em parceria com os blocos de carnaval Bartucada; Então, Brilha; Baianas Ozadas; Baianeiros; e Beiço do Wando, serão desenvolvidas ações de sensibilização dos foliões, incluindo distribuição de materiais informativos impressos, inspirados nos blocos.

Os materiais também estarão disponíveis nas mídias sociais (Instagram, Whatsapp, Facebook), no site www.saude.mg.gov.br/sexoseguro, em locais como outdoors, abrigo de ônibus, backbus e no serviço de streaming Spotify.

A coordenadora de IST, Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Marques, reforça que a preocupação deve existir sempre, mas nesse período aumentam os riscos de exposição às infecções sexualmente transmissíveis.

“Por ser um evento de grande relevância em quantitativo de pessoas, o Carnaval se torna uma ocasião em que há um alto consumo de álcool, o que eleva o risco de as pessoas terem relação sexual desprotegidas”, afirma.

Além do uso do preservativo, que é o método mais eficaz na prevenção, existem outros cuidados disponíveis à população. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de medicamentos após se expor ao vírus, e a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que abrange o uso de remédios como forma de prevenção ao HIV.

“É importante realizar o teste rápido como forma de conhecimento do estado sorológico. Ele proporciona diagnóstico e tratamento precoce, importantes para a qualidade de vida”, lembra Mayara.

HIV em Minas Gerais

Em Minas Gerais, entre 2009 a 2019, foram notificados 44.879 casos de HIV/Aids. A maior concentração no estado está na faixa etária de 20 a 34 anos. Essa predominância entre os jovens está ligada a diversos fatores, incluindo a ampliação do diagnóstico por meio da testagem rápida, a variabilidade de parceiros, a falta de prevenção e o uso de drogas lícitas e ilícitas.

Exposição ao HIV

Para a foliã ou o folião que considera a possibilidade de ter sido exposto ao vírus HIV por meio de uma relação sexual, por não uso ou rompimento do preservativo, é necessário comparecer imediatamente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Um médico fará a avaliação do caso e, se necessário, administrará o tratamento com antirretrovirais. Depois desse primeiro atendimento, o paciente será encaminhado a um Serviço de Assistência Especializada (SAE), para dar continuidade ao tratamento.

Crescimento da sífilis

A sífilis vem avançando não só em Minas Gerais, como em todo o país. Nos últimos dez anos, foram notificados 62.695 casos de sífilis adquirida no estado.

“Esse crescente aumento pode ser atribuído à redução do uso de preservativos nas relações sexuais e à ampliação do diagnóstico através da testagem rápida na Atenção Primária à Saúde. Mas é importante ressaltar que uma pessoa infectada pode permanecer sem sintomas por muitos anos, transmitindo a doença durante todo esse tempo”, pontua Mayara.

Coronavírus e infecções respiratórias

Mesmo não tendo, até o momento, casos confirmados do novo coronavírus em Minas ou no Brasil, a SES-MG lista alguns cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas.

Como a transmissão dessas infecções costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal, deve-se evitar contato com pessoas doentes através de gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida Souza, reforça que não há nenhuma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para interromper grandes eventos de massa em outros países, a não ser na China.

“A transmissão de doenças respiratórias, em geral, é menor em locais abertos, com ventilação. Além disso, medidas de higiene respiratória são eficazes para reduzir a propagação do vírus”, ressalta.

Entre as medidas de prevenção a serem adotadas estão:

– lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;

– utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

– evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

– não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– manter os ambientes bem ventilados;

– evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença e com animais selvagens e doentes em fazendas ou criações.

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