Terá início na próxima segunda-feira, 11, o programa “Transforma Minas”, do Governo de Minas Gerais. Trata-se de projeto inédito para preenchimento de vagas de chefia, direção e superintendências das secretarias e órgãos da administração direta e indireta do Estado. O lançamento foi realizado nesta sexta-feira (8) pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, durante coletiva à imprensa na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Segundo o jornal Estado de Minas, o processo seletivo abre vagas para 565 cargos de direção na administração direta e 200 em autarquias e fundações, com salários que variam entre R$ 7 mil e R$ 20 mil. Segundo o Executivo, os critérios de escolha dos funcionários serão a “meritocracia” e a “competência”. Mas admite que a última etapa da seleção poderá contar com a opinião de deputados estaduais, que vêm reclamando da falta de espaço para indicações políticas no governo Romeu Zema (Novo). Os cargos vão desde subsecretário de Estado a diretor de órgãos públicos.
O programa dará continuidade ao processo que se iniciou com a seleção dos secretários e é inspirado em modelos e práticas bem-sucedidas de gestão de pessoas no setor público, adotados em países como Austrália, Chile e Reino Unido.
“Com o programa Transforma Minas, não só vamos garantir a escolha dos melhores profissionais para postos de liderança e gerência no governo, como vamos dar mais transparência às decisões e desenvolver um modelo diferente de gestão pública, baseado nos resultados e na contínua prestação de contas à sociedade. É a continuidade da realização de uma das nossas plataformas de governo”, afirma o governador Romeu Zema.
Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, podem participar da seleção funcionários públicos, profissionais da iniciativa privada ou do terceiro setor que preencherem os pré-requisitos e as competências exigidas em cada função. À exceção de algumas posições, como as Superintendências Regionais de Ensino, que devem ser preenchidas necessariamente por servidores públicos efetivos – ativos ou inativos das carreiras públicas da Educação do Estado de Minas Gerais.
“O objetivo é transformar a cultura de gestão de pessoas no setor público, replicar as melhores e mais atualizadas práticas da iniciativa privada e de setores públicos no mundo. A gente pretende selecionar lideranças em grande escala para o governo. Não estamos falando de uma ou duas posições, mas de um número significativo de posições que consigam fazer a diferença na administração do Estado. Nosso objetivo é escolher as melhores pessoas para aprimorar a gestão do Estado e, cada vez mais, profissionalizá-las, criando critérios objetivos de meritocracia”, afirmou Levy. Ele ainda ressaltou que o programa não criará novos cargos e, consequentemente, não trará novas despesas ao Estado.
Também de acordo com Otto Levy, a intenção é que o programa seja permanente na administração pública mineira. “A gente quer lançar um programa de Estado que fique como um legado para Minas Gerais. É um programa que tem começo e não tem fim. Queremos lideranças, pessoas que consigam resultados, melhorando o serviço público com impacto na vida do cidadão”, completou.
Seleção
As etapas de seleção vão variar para cada vaga ofertada, podendo envolver, além da análise curricular, entrevista por competências, entrevista com especialistas, teste de perfil, dentre outras. Todas as informações sobre o programa poderão ser acompanhadas, a partir da próxima segunda-feira (11/3), por meio do site www.transformaminas.mg.gov.br, assim como as informações completas sobre os cargos a serem preenchidos, à medida em que forem sendo disponibilizados pelo governo.
Parceria
O programa é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Governo de Minas e a Fundação Lemann, representando uma aliança de organizações do terceiro setor, formada por Fundação Brava, Fundação Lemann, Instituto Humanize e Instituto República. As entidades se uniram para construir, em parceria com o setor público, soluções inovadoras. Elas têm somado esforços em projetos que promovam o aprimoramento da gestão pública, por meio da produção de conhecimento, mobilização social e estruturação de modelos e boas práticas, entre outras ações. A parceria não envolve transferência de recursos financeiros entre as partes.