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Gisely Carvalho é selecionada para a Maratona de Boston

FOTO: Gisely Carvalho

Natural de Guanhães, a mineira uniu o amor pelas maratonas à paixão por viagens

GUANHÃES – Disciplina, foco e algumas horas de treino diário. Nos últimos anos, essas palavras têm sido essenciais para a rotina matinal da maratonista Gisely Carvalho. Natural de Guanhães, a atleta começou a praticar corrida de rua em meio à pandemia, há dois anos e meio, sem um dia imaginar que, pouco tempo depois, seria selecionada para participar da Maratona de Boston, nos Estados Unidos.

Foram algumas largadas e chegadas, com muitos percalços pelo caminho. Para conquistar uma vaga na maratona em questão, todos os atletas nacionais devem obter um tempo recorde em corridas reconhecidas pela Confederação de Atletismo Brasileira, a CEBAT. Segundo Gisely, atingir esses números era um sonho que pensava em realizar apenas no futuro.

“Consegui esse tempo recorde pela minha idade, na minha segunda maratona: a de São Paulo. A primeira que participei foi em Florianópolis, mas a de São Paulo eu fiz ela um pouquinho mais rápido. Quando eu fui me inscrever para tentar essa vaga foi engraçado porque fiz a inscrição, mas não contava que iria conseguir. Foi algo que eu não esperava porque é uma maratona mais almejada. Todos que conhecem sobre corridas de rua e maratonas sabem o quanto é difícil conseguir entrar nela. Essa semana estava lendo um post que falava: ‘não se esqueça que para se inscrever na Maratona de Boston, você vai concorrer a uma vaga. Mas não será apenas você. É você e o planeta Terra inteiro’. E realmente é isso mesmo. Eu nem imaginava conseguir tão rápido assim; pensava que iria demorar alguns anos”, disse.

Gisely revela que antes de pensar em começar a correr não se sentia tão adepta a práticas de atividades físicas. A sua primeira corrida aconteceu sete meses após algumas de suas tentativas em se manter firme nos treinos de musculação na academia. “Nunca havia praticado nenhum esporte e muito menos academia. Toda vez que eu iniciava o processo de ir à academia, praticar atividade física ou musculação, não conseguia. Sempre parava ali nos três primeiros meses. Só que nessa última tentativa, já tinha sete meses que eu havia começado em uma academia e deu tudo certo. Tive uma boa motivação para ir, conseguia ser mais frequente e fazia aulas de funcional duas vezes na semana. Acho que esse condicionamento físico ajudou para que eu conseguisse, na primeira tentativa de correr, completar um percurso de 22 quilômetros. Não é um percurso pequeno e exige muito do condicionamento físico”, lembra.

Rotina de pessoal e profissional

Para conseguir conciliar a preparação para as maratonas e o seu trabalho como fotógrafa, Gisely conta que decidiu dividir em turnos a sua rotina entre a profissão e a corrida. Pela manhã, o seu foco é voltado para o esporte e, após isso, as outras obrigações são encaradas.

“Como já tem dois anos e meio que eu corro e continuo trabalhando, fazendo as minhas coisas normais, como qualquer pessoa, eu falo que até 10 horas da manhã fico por conta de corrida, dos treinos, fortalecimento, essas outras questões que envolvem o esporte. Depois desse horário é quando eu começo a ter as outras obrigações, que é casa, minha família e trabalho. Quando a minha rotina tá bem puxada, eu levanto 5 horas da manhã pra tentar encaixar treino de corrida e treino na academia na minha rotina”, explica a atleta.

Em dois anos e meio de experiências em provas, a maratonista se acostumou a viajar para diversos lugares para competir. E, assim, aprimorar o seu desempenho no cronômetro. No entanto ela não hesita em citar duas corridas que guarda na memória com mais carinho.

“Uma delas é a Maratona do Rio, porque eu quero voltar para finalizar ela. Foi a primeira maratona que eu não consegui concluir por ter desmaiado no quilômetro 38. Sinto que eu tenho uma obrigação de voltar e finalizar. A de Berlim também me marcou por fazer parte das grandes maratonas do mundo. Nela, você sai correndo com cerca de 40 mil pessoas, no meio de uma multidão. Foi marcante”.

Gisely se considera uma amante de viagens e do esporte, então, para ela, as maratonas se tornaram uma oportunidade de se divertir competindo e, ao mesmo tempo, conhecer novos lugares e culturas. “Eu junto o útil ao agradável. Falo assim porque eu amo viajar e hoje em dia eu amo correr. Então eu junto as duas coisas. Então quando eu penso em alguma maratona pra fazer, eu já penso logo sobre o local. Nossa, eu vou naquele local, então, já vou passear, então, aproveito e faço uma corrida. Então essa minha trajetória de dois anos e meio me levou a lugares que eu nunca imaginei que eu iria”.

Por isso ela recomenda o esporte a outros. “Eu acho que todo brasileiro deveria experimentar correr uma maratona para conseguir fazer e pensar nas coisas antes de tomar qualquer atitude. Em uma maratona você pensa e planeja a sua vida inteira”, analisa.

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