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Firmino decide e Liverpool se vinga do Flamengo no Mundial

Por ALEX SABINO
Da FOLHAPRESS

Quando perguntado sobre como ganhar do Liverpool, o técnico Antonio Mohamed, do Monterrey, derrotado pelos ingleses na semfinal, avisou: quando tiver a bola, tem de jogar.
Foi isso o que Jorge Jesus mandou seus jogadores fazerem. Nem assim deu certo. O Flamengo jogou bem, enfrentou o campeão europeu de igual para igual mas perdeu por 1 a 0 na final do Mundial de Clubes. O gol do título foi marcado por Roberto Firmino, aos 8 minutos do 1o tempo da prorrogação.
É a primeira conquista mundial do Liverpool, que já havia sido derrotado três vezes e em outras duas ocasiões, não quis disputar a competição.
Com cinco minutos de jogo, o Liverpool poderia ter feito dois gols. Roberto Firmino e Keita perderam duas grandes oportunidades para marcar.
O Flamengo parecia repetir a história da final da Libertadores e da semifinal do Mundial, em que jogou muito mal no primeiro tempo e ficou atrás no placar. Mas a possibilidade de isso acontecer diante de um adversário como o Liverpool era muito mais preocupante.
Com seu time quase todo titular (sem o zagueiro Lovren e o volante Wijnaldum, que não estão entre os principais nomes do elenco), o Liverpool pressionava para recuperar a bola e tinha Keita como surpresa em trocas de passe próximas à área. Como já havia acontecido diante do Monterrey. E ainda haviam os lançamentos longos para a velocidade de Salah.
Aos poucos, o Flamengo equilibrou o jogo. A equipe brasileira percebeu ser possível jogar por trás dos volantes do adversários quando eles saíam para o ataque. E a pressão sobre a saída de bola fazia o Liverpool errar passes.
Embora não tenham criado nenhuma chance significativa para marcar, os comandados de Jorge Jesus terminaram o primeiro tempo com 58% de posse de bola e dobro de arremates ao gol em relação ao campeão europeu (6 a 3).
O segundo tempo começou como fotocópia da etapa inicial: com o Liverpool criando duas oportunidades para abrir o placar antes dos cinco minutos. Para sorte do Flamengo, Roberto Firmino não estava em uma boa noite em Doha. Acertou a trave aos 2 e a bola correu toda a extensão do gol. Poderia ter entrado, mas saiu. Dois minutos mais tarde, foi a vez de Salah desperdiçar.
Mas outra vez, o time brasileiro equilibrou e poderia também ter marcado com Gabriel aos 7, Alisson espalmou para escanteio.
O sistema de jogo de Jorge Jesus não deixava o Liverpool à vontade em campo. Não conseguia fazer inversões de jogo nem troca de passes em infiltrações pelo meio. E o mais importante: quando tinha a bola, o Flamengo atacava, buscava o gol tal qual seu técnico havia prometido.
Em um jogo extremamente tática entre dois dos melhores times do mundo, faltava polêmica e VAR. Este aconteceu nos acréscimos, quando o qatari Abdulrahman Al Jassim marcou pênalti de Rafinha em Mané em um lance que não pareceu falta e que aconteceu fora da área. Após consultar o árbitro de vídeo, ele voltou atrás.
Na prorrogação, o Liverpool continuou no mesmo ritmo. Pressão para roubar a bola e sair em velocidade. Muita velocidade. O Flamengo caiu de rendimento. Por pressentir isso, Jesus estava prestes a colocar Piris da Mota para reforçar a marcação quando veio o golpe fatal.
Aos 8 minutos, ao interceptar uma jogada brasileira, Henderson acionou Mane, que viu Firmino entrando sozinho. Na terceira chance, ele não desperdiçou.
A única alternativa do Flamengo era tentar partir para o abafa. Abriu espaço e os europeus tiveram chances para fazer outros gols. Tudo o que os mais de 10 mil torcedores rubro-negros presentes no Khalifa International Stadium, em Doha, rezavam era por uma chance para empatar e levar a disputa para os pênaltis.
Esta veio no penúltimo minuto da prorrogação e caiu nos pés do garoto Lincoln, que saiu do banco de reservas. Ele chutou por cima. Foi o momento em que o sonho flamenguista do segundo mundial acabou.

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