Fevereiro Laranja: campanha é destinada à conscientização sobre a leucemia

Médico valadarense ressalta importância do diagnóstico precoce para melhor tratamento

A campanha do Fevereiro Laranja é destinada à conscientização sobre a leucemia, com ações dedicadas à importância do diagnóstico precoce, doação e transplante de medula óssea. No ano passado, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou 10.810 novos casos da doença no Brasil.

A leucemia é conhecida como o câncer dos tecidos formadores de sangue que dificulta a capacidade do organismo de combater infecções. É importante conhecer os indicadores da doença e procurar o tratamento rápido, que pode aumentar as chances de cura. Além disso, a participação das pessoas na doação de medula óssea também traz esperança para muitos pacientes.

Segundo o médico hematologista Rodrigo Dutra Fontes, existem as leucemias agudas e as leucemias crônicas, de diversas linhagens de células sanguíneas. As mais conhecidas são a leucemia linfoide crônica, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda e leucemia mieloide aguda.

O hematologista afirma que a maioria dos casos de leucemia não pode ser evitada, mas existem fatores agravantes. “Infelizmente, não há uma prevenção específica, mas a vida saudável está sempre indicado, como por exemplo, ter uma boa alimentação, fazer exercícios físicos, evitar álcool, tabaco e contato direto com substâncias tóxicas”, disse.

De acordo com o médico valadarense, os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais. “Queda do vigor físico, sangramento, hematomas e patéquias, aumento de gânglios [linfonodos], principalmente na região do pescoço e das axilas, palidez, febre ou suores noturnos, perda de peso e dores nos ossos e nas articulações. Os sintomas são variados e dependem da classificação da leucemia”, alerta.

O médico hematologista Rodrigo Dutra Fontes alerta para os diversos sintomas da doença (Foto: Arquivo pessoal)

Diante da suspeita da doença, é importante que o paciente realize exames de sangue, sendo o principal deles o hemograma. A confirmação é feita com o exame da medula óssea, o mielograma. Em seguida, para o acompanhamento médico específico, deve ser consultado um hematologista.

Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia. O médico Rodrigo Dutra Fontes destaca a importância do diagnóstico precoce.

“Como toda doença, a leucemia não foge da regra, quanto mais precoce o diagnóstico, mais rápido será indicado e iniciado o tratamento, que tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Muitos desses pacientes terão maior chance de cura ao ser submetidos ao transplante, mas isso não é uma regra, pois a indicação do transplante será individual a cada caso”, ressalta o hematologista.

O transplante de medula óssea pode aumentar significativamente as chances de cura dos pacientes. Quanto mais doadores estiverem à disposição, maiores são as possibilidades de encontrar medulas compatíveis. Por isso a importância de incentivar e compartilhar informação para salvar vidas.

De acordo com o INCA, para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite) e não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Em Minas Gerais, o Hemominas faz o cadastro de candidatos à doação de medula óssea e todas as informações colhidas vão para a base nacional no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A unidade do Hemominas em Governador Valadares está situada na rua Barão do Rio Branco, 707, Centro. Já o telefone para contato é 3212-5813.

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