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Feriados históricos perdem o sentido na pandemia

Seja pelo dia de folga ou pelo sentido histórico, a pandemia afetou os feriados nacionais

O Dia de Tiradentes, nesta quarta-feira (21), é um dos oito feriados nacionais que restam no calendário de 2021. Embora sejam oportunidades para trabalhadores terem uma folga na semana, os feriados perderam o sentido com a pandemia do novo coronavírus, já que, por questões sanitárias, diminuíram as opções de lazer nas cidades. Outro questão é relacionada às programações festivas de instituições, museus e escolas para os feriados históricos, também afetadas pela pandemia.

Neste ano, além do dia 21 de abril (Tiradentes), ainda faltam os feriados de 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal). Dois desses feriados vão cair em fins de semana.

Tendo em vista o estado de calamidade da pandemia da covid, os feriados históricos acabaram perdendo o sentido, com pouco foco ou cancelamento das celebrações comemorativas, a não ser virtualmente, em alguns casos. No feriado de 7 de setembro de 2020, por exemplo, pela segunda vez na história, Governador Valadares ficou sem ter desfile na avenida Minas Gerais. Tudo indica que neste ano, novamente, não haverá desfile.

No feriado de Tiradentes, tradicionalmente, ocorre a entrega da Medalha da Inconfidência, maior honraria concedida pelo governo. Todo ano, a medalha é entregue na cidade de Ouro Preto, cidade onde a cabeça de Tiradentes foi exposta após sua morte. Poucos sabem, mas a comenda foi criada em 1952 pelo presidente Juscelino Kubitschek.

Nesta quarta-feira (21), assim como foi em 2020, não haverá cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto. Será realizado apenas um ato simbólico na Praça Tiradentes, sem a presença de público.

Quem foi Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi integrante de um movimento separatista que almejava a independência de parte do Brasil. Tiradentes nasceu em 12 de novembro de 1746 na fazenda de Pombal, entre as cidades hoje chamadas de Tiradentes e São João del Rei, em Minas Gerais. Foi dentista, comerciante, minerador, militar e ativista político brasileiro, e atuava na época do Brasil Colonial nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Monumento de Tiradentes em Ouro Preto MG

Tiradentes aderiu ao movimento chamado Inconfidência Mineira quando era militar e tinha o posto de alferes. Por ser considerado um excelente comunicador, foi responsável por conquistar adeptos para a causa revolucionária. O movimento da Inconfidência Mineira (ou Conjuração Mineira) foi articulado por contratadores que temiam a cobrança das dívidas, a derrama. Tratava-se de um ato do governo português, em que todos aqueles que tinham débitos com a Coroa deviam acertar suas contas ou teriam seus bens confiscados.

Tiradentes foi sentenciado por traição contra a rainha, condenado à forca e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo da Lampadosa, no Rio de Janeiro. Além disso, foi esquartejado e partes do seu corpo expostas na estrada que conectava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. O 21 de abril, dia da execução de Tiradentes, foi instituído como o Dia da Inconfidência.

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