A preocupação com o aumento da contaminação pela Covid-19 em Minas e no Brasil e os vários impactos dessa situação deram o tom da reunião de Plenário dessa terça-feira (30). Alguns dos parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) também se posicionaram com relação à reforma da Previdência proposta pelo Governo do Estado.
A falta de medicamentos, especialmente anestésicos, e outros insumos para atender infectados que precisam ser entubados, foi abordada pelo deputado Arlen Santiago (PTB). “Temos um problema nacional, e até mundial, de falta de anestésicos e um aumento de preço de até 500%”, denunciou.
O deputado anunciou que solicitará à ALMG que faça esforços para que Polícia e Ministério Público Federais e o Exército ajam nessa questão: “Não é possível que especuladores atuem sumindo com medicamentos para especular com os preços dos produtos. Essa situação é inconcebível e tem que ser enquadrada na Lei de Segurança Nacional”, reagiu ele, defendendo a tipificação dessa prática como crime doloso.
Por fim, o parlamentar também lamentou o avanço do que chamou de “Covidão”. “Temos visto prisões de prefeitos e outros gestores por desvios de recursos que deveriam ser utilizados no combate à pandemia da Covid-19”, afirmou. “O governo Bolsonaro tem enviado recursos para os Estados e municípios e o dinheiro deve ser bem aplicado“, concluiu.
Linha de frente – Já o deputado Doutor Jean Freire (PT) lamentou o aumento de casos e de mortes por Covid-19 em Minas e disse que retomou sua atuação como médico durante a pandemia, atendendo pacientes em enfermaria. Segundo o deputado, a situação torna-se dramática com a falta de remédios. E afirmou que é preciso investigar por que esses insumos estão em falta e verificar se não haveria pessoas estocando os produtos para inflacionar os preços.
Também preocupado com o quadro atual, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Carlos Pimenta (PDT), considerou que o governo estadual tem feito sua parte na contenção da pandemia, mas advertiu que os cidadãos também precisam colaborar e ficar em casa sempre que possível. “Os cidadãos têm direitos, mas também têm deveres. E o dever agora é ficar em casa”, disse.
O parlamentar afirmou, ainda, que alguns prefeitos têm mantido os comércios locais abertos porque acreditam que isso será importante para suas reeleições. A eles, Carlos Pimenta pediu responsabilidade com a vida da população.