O governo Biden admitiu na sexta-feira (19) o primeiro grupo de migrantes que antes precisavam esperar no México por audiências no tribunal de imigração
Como parte de seus esforços para acabar com uma política da era Trump que mantinha dezenas de milhares de requerentes de asilo fora do território dos EUA, o governo Biden admitiu na sexta-feira (19) o primeiro grupo de migrantes que antes precisavam esperar no México por audiências no tribunal de imigração. Os agentes de fronteira processaram 25 requerentes de asilo no ponto de entrada de San Ysidro, no sul da Califórnia, e permitiram que eles permanecessem no país durante o processo.
A ONG Serviço de Família Judaica de San Diego (CA) recebeu os requerentes de asilo, que tiveram que apresentar resultado negativo para o coronavírus, e os transportou para um hotel na área para que pudessem ficar em quarentena, de acordo com o diretor executivo da organização sem fins lucrativos, Michael Hopkins. O grupo incluiu seis famílias e cinco indivíduos naturais de Honduras, Peru, Nicarágua, Guatemala e Cuba.
“É o começo de um novo dia para nosso país”, disse Hopkins ao canal de notícias CBS News. “O programa Remain-in-Mexico foi desumano em muitos aspectos”.
Um oficial de asilo do governo dos EUA que entrevistou pessoas inscritas na política da era Trump elogiou o esforço do governo Biden, dizendo que os migrantes autorizados a entrar nos EUA agora “terão seus pedidos julgados de maneira justa”.
“Hoje foi um dia cheio de esperança. Finalmente vimos 25 pessoas serem recebidas com dignidade”, disse à CBS News Taylor Levy, advogado que ajudou dezenas de requerentes de asilo que retornaram ao México. “É um suspiro de alívio tão maravilhoso que finalmente, pelo menos para as 25 pessoas, haverá justiça e esperança”.
Para impedir a migração para os EUA, a administração Trump em 2019 promulgou um programa que apelidou de Migrant Protection Protocols (MPP), o que acabou levando mais de 70 mil requerentes de asilo não mexicanos a serem enviados de volta ao México para aguardar suas audiências nos tribunais dos EUA. Fonte Brazilian Times
