Serviços de vistos, green card, revalidação de diploma e recolocação no mercado de trabalho americano ganham força entre profissionais de odontologia do Brasil
O Brasil é um dos países que mais formam dentistas em todo o mundo, com cerca de 11 mil novos formandos anualmente, e o profissional de odontologia brasileiro é historicamente considerado como referência na área para diversos países, entre eles, os EUA. Além disso, a remuneração média de um dentista na América é de 200 mil dólares anuais, uma renda obtida por apenas 14% da população do país.
Enquanto a faculdade de odontologia segue como uma das mais procuradas do Brasil, os EUA sofrem com o desinteresse de muitos jovens pela profissão, e mesmo aqueles que desejam se tornar dentistas esbarram nos altos custos das universidades americanas. Esse quadro resultou em uma grande escassez de dentistas na América nos últimos 15 anos, e hoje em dia a média é de 65 profissionais de odontologia para cada 100 mil habitantes dos EUA.
Sem conseguir produzir novos dentistas para atender a demanda do mercado, os EUA precisam recorrer ao talento de profissionais estrangeiros. Para atrair esses profissionais, o governo americano criou um programa de vistos que levam ao green card, para morar e trabalhar legalmente nos EUA. São os chamados vistos “EB”, concedidos com base na carreira, emprego ou investimento na América, e que todos os anos têm levado milhares de brasileiros a realizar o “sonho americano”.
“Sem dúvida, os vistos EB têm beneficiado muitos dentistas brasileiros que desejam prosperar no mercado de trabalho americano. Trata-se de um visto extremamente vantajoso e economicamente viável, e que tem tudo para ganhar ainda mais força nos próximos anos, já que o atual governo americano tem adotado diversas políticas pró-imigrantes e incentivado a chegada de novos profissionais estrangeiros no país” , declarou o Dr. Felipe Alexandre, advogado de imigração e fundador da AG Immigration, escritório americano especializado em vistos EB.
Entretanto, mesmo com todas essas vantagens muitos dentistas brasileiros acabam desistindo de se mudar para os EUA, pois quase sempre esbarram nas informações desencontradas que existem sobre como revalidar seus diplomas e licenças e até mesmo como sobre se recolocar no mercado de trabalho americano. Felizmente, esse é um problema que parece estar com os dias contados, já que os serviços de consultoria para a chegada de dentistas aos EUA têm se tornado cada vez mais populares.
“Existem diversas etapas no processo de validação de diploma e de licenças profissionais nos Estados Unidos, que incluem testes acadêmicos e de conhecimento prático. Como se trata de um processo bem burocrático, é fundamental contar com a ajuda de outros dentistas brasileiros que já estão no mercado de trabalho americano e que, consequentemente, já passaram por todos esses trâmites”, declarou o Dr. Christian Brutten, odontopediatra brasileiro que mora na América e fundou a Migtech, empresa dedicada a auxiliar dentistas estrangeiros com o processo de revalidação de diploma e alocação no mercado de trabalho americano.
“O teste mais conhecido pelos dentistas brasileiros que querem morar nos EUA é o TOEFL, que avalia o nível de proficiência em inglês do candidato. Existe ainda o Integrated National Board Dental Examination (INBDE), teste aplicado para todos os dentistas nos EUA, incluindo os próprios americanos. Além disso, existem outros caminhos possíveis para exercer a profissão nos EUA, que vão desde fazer dois anos complementares de universidade, fellowships e até uma residência em odontologia ou uma especialização. Não faltam opções para os dentistas interessados”, destacou o Dr. Cristian.
“Investir em um visto EB, que leva ao green card, e em um processo de revalidação de diploma nos EUA são decisões importantes e às vezes demoradas; porém, as recompensas são enormes, tanto pelo fato de o dentista interessado poder fazer parte do mercado de trabalho mais valorizado do mundo quanto pela segurança e futuro que poderá oferecer para sua família. Sem dúvida, é um excelente investimento”, completou o Dr. Felipe Alexandre.
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Como é o passo a passo para ser dentista nos EUA