Entre o real e o virtual: vendas pela internet se estabelecem promissoras para novos empreendimentos

Nunca foi tão fácil comprar pela internet, não é mesmo? Se você não estiver a fim de fazer o almoço é só encontrar um site ou aplicativo de delivery, escolher a refeição, e em alguns minutos você terá o almoço sem muita dificuldade. A mesma coisa pode ser aplicada para o setor do varejo, como as lojas de roupas. Então nada de ficar indo de loja em loja procurando aquela camisa nova que está precisando. Com um celular, internet e algumas pesquisas você encontra o modelo, tamanho e estilo da roupa do jeito que você quer. E o que um dia já foi tendência, hoje se tornou um hábito de consumo cada vez mais presente no dia a dia: a compra on-line. 

A gente sabe o quanto é cômodo não precisar sair de casa, ou reservar uma parte do dia para fazer algum tipo de compra. Durante o período mais crítico da pandemia usar aplicativos e plataformas on-line para fazer isso foi uma necessidade. Mas agora em 2022 se tornou uma ferramenta poderosa para as empresas apresentarem os produtos para os clientes, em uma espécie de vitrine virtual. 

Vendas on-line crescem em Minas Gerais neste primeiro trimestre do ano. (Crédito: Igor França/ DRD)

Modas e vestuário faturaram R$ 27,6 mi

Em Minas, as vendas pelos e-commerces (que são os sites e aplicativos de compra) cresceram nos três primeiros meses deste ano quando comparado com o mesmo período em  2021. 

Aliás um levantamento feito pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce, mostrou que no Estado as vendas pela internet atingiram R$ 58,8 milhões de janeiro a março. Somando mais de 1 milhão de produtos comercializados. A plataforma também indicou que o número de pedidos cresceu 26,8%, saltando de 211 mil para 267,6 mil. A maioria se refere ao segmento de modas e vestuário, que faturou R$ 27,6 milhões.

De acordo com a  Nuvemshop, em Minas, as lojas on-line vendem em média por cliente R$ 219,83. Este valor representa um aumento de 9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O pagamento via Pix representou 13,2% dos pedidos, ultrapassando o boleto.

Desenvolvimento da tecnologia e mudança de comportamento

De acordo com o economista Marcílio Duarte, o crescimento do e-commerce, neste período em Minas, está ligado com o desenvolvimento da tecnologia e a mudança de comportamento dos clientes ao encararem a internet como ambiente facilitador de compras.

“Este cenário está muito relacionado a este ambiente pós-pandemia, dos novos hábitos de consumo que vieram com a pandemia. O ser humano descobriu esta praticidade e gostou. E agora isso está expandindo, porque as empresas de pequeno e médio porte também começaram a se adequar a este novo mundo”, explicou o economista.     

Além de permitir novos investimentos, o setor de e-commerce permitiu a empresas com lojas físicas ampliarem o formato do atendimento aos clientes. Portanto este novo mercado transformou e criou ferramentas que diminuíram a distância de quem compra e quem vende, sobretudo após 2021 . 

“A partir do início da pandemia, as pessoas se acostumaram com a praticidade e o comodismo de receber e de ter tudo em mãos, houve a necessidade de nós estarmos com a nossa loja on-line, em uma plataforma que pudesse nos atender. [Hoje] a demanda é muito grande [nas vendas pelo site]. Através do site, as vendas na loja física cresceram muito, a procura foi muito grande, e com isso veio a necessidade de nos aprimorarmos, padronizar em tudo, desde a forma de pagamentos, que são diversas”, disse o empresário Pedro Maciel, que é dono de uma loja de roupas em Valadares.   

A necessidade de ter uma loja on-line se tornou um novo modelo de negócio para o empresário valadarense. (Crédito: Igor França/ DRD)

Novos modelos de empreendimentos

Mas a facilidade e praticidade que a tecnologia proporciona nas vendas on-line além de ajudar quem está à procura de um produto, oferece novos modelos de empreendimentos, sem a necessidade de se ter um estabelecimento físico. Então foi nesta oportunidade de negócio que Bianca Felipe Silvestre, há dois anos, descobriu vendendo acessórios – como colares e brincos, para as amigas do serviço – uma forma de ampliar a renda de casa. 

“Eu comecei vendendo bijuterias. Eu trabalho em um supermercado, e lá as minhas colegas de trabalho compravam bastante. Aí de um ano para cá, eu percebi que além das bijuterias elas procuravam muito calçados, me perguntavam se eu também não venderia calçados para elas poderem trabalhar. Então eu fui percebendo as necessidades dela e comecei a procurar algum calçado que a gente poderia usar no nosso local de trabalho. Este mês faz um ano que eu estou com a loja de calçados on-line. Graças a Deus!”, contou Bianca. 

Aliás grávida de nove meses, a futura mamãe do Cauã se divide entre o trabalho no supermercado, a faculdade e as vendas on-line. Mas para atender a demanda dos mais de 40 clientes que atende por mês, Bianca faz pedidos direto de uma fábrica de calçados em Nova Serrana (MG) e também de uma empresa de Valadares. Dessa forma todo o processo acontece pela internet, desde o contato com a fornecedora do produto até o momento de envio para o cliente. 

De casa, com o computador e o celular, Bianca realiza vendas de assessórios e calçados. (Crédito: Igor França/ DRD)

Mercado promissor

O mercado de e-commerce é promissor quando se leva em consideração os avanços do acesso à tecnologia e à internet de qualidade. Mas é preciso que quem esteja disposto a investir neste negócio busque capacitação e entenda a dinâmica do ambiente virtual em constante adaptação.

“O que se espera é que daqui alguns meses, em alguns anos este mercado vai começar a frear. Porque hoje nós estamos tendo este boom de todas as empresas estarem se adaptando a esta nova realidade, mas existe um limite neste boom que é a quantidade de empresas. Então enquanto todas não se adequarem nós vamos ter um crescimento nas vendas on-line, mas é esperado que daqui um tempo isso já comece ser freado pelo próprio limite da oferta mesmo”. 

Para o economista Marcílio Duarte, o e-commerce teve um avanço muito grande durante a pademia. (Crédito: Igor França/ DRD)

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