BELO HORIZONTE – A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deu início aos trabalhos legislativos de 2025 nesta segunda-feira (3), com uma Reunião de Plenário marcando o começo do novo biênio. Em coletiva de imprensa, o presidente da Casa, deputado Tadeu Leite (MDB), destacou os desafios e prioridades para os próximos dois anos, ressaltando a importância do diálogo entre os parlamentares e a continuidade de projetos relevantes do estado.
O presidente celebrou o desempenho da Assembleia no biênio anterior, considerando-o um dos mais produtivos da história da Casa. Entre os temas de destaque, ele mencionou a crise climática e os esforços do Legislativo mineiro para abordar a questão antes mesmo da tragédia no Rio Grande do Sul. “Rodamos o estado como um todo, vendo os problemas, mas também conhecendo boas práticas para ajudar nessa para ajudar nessa questão urgente em todo o país e no mundo”, afirmou.
Tadeu Leite citou ainda um projeto de inovação em parceria com o BHTEC (Parque Tecnológico de Belo Horizonte) e o Hub de Inovação vinculado ao IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais), que está acelerando dez startups voltadas para soluções ambientais e sociais. O objetivo, segundo ele, é transformar debates teóricos em ações concretas que beneficiem a população.
Dívida do Estado e Propag
Um dos principais temas da coletiva foi a discussão sobre a dívida pública de Minas Gerais e o novo regime fiscal do Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados), aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo governo federal. O presidente da ALMG se posicionou a favor da derrubada de vetos presidenciais que limitam o acesso do estado a financiamentos privados e internacionais.
Segundo ele, o modelo do Propag é mais vantajoso para Minas Gerais em comparação ao antigo regime de recuperação fiscal. “Só pelo valor dos juros, a diferença entre um modelo e outro pode chegar a R$ 300 bilhões nos próximos 30 anos. Precisamos escolher um caminho que nos permita pagar a dívida e, ao mesmo tempo, garantir investimentos em infraestrutura, saúde e educação”, argumentou.
Tadeu Leite também reforçou que o tema da dívida estadual continuará sendo uma prioridade da Assembleia e que buscará construir uma agenda conjunta com o governador para tratar do assunto.
Privatizações
Outro tema abordado foi a possibilidade de novas privatizações em Minas Gerais. O presidente da ALMG defendeu uma análise criteriosa antes de qualquer decisão e destacou que a Casa precisa aguardar a regulamentação do Propag pelo governo federal para entender os impactos sobre as empresas estatais mineiras.
“Temos que ter muita tranquilidade e cautela. O parlamento é dinâmico, e qualquer projeto precisa de um mínimo consenso entre os deputados e líderes partidários para avançar”, pontuou.
Perspectivas para os próximos dois anos
Ao projetar os próximos dois anos de trabalho, Leite reforçou o compromisso com o diálogo e a busca por soluções equilibradas. “A Assembleia é o lugar onde os diferentes se encontram. Nem a direita está 100% certa, nem a esquerda. Precisamos encontrar o caminho do meio para resolver os problemas da população”, declarou. Ele destacou ainda a importância da formação dos blocos parlamentares e das comissões para definir a pauta de trabalho da Casa.
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Não entendo como pretendem pagar as dividas se aprovam orçamento anual deficitário em 8, 8 bilhões. Parece brincadeira tal afirmação. Como pagam dívidas de estão autorizando o Estado a gastar mais do que arrecada. Essa preocupação está um tanto esquisita.
Não entendo como pretendem pagar as dividas se aprovam orçamento anual deficitário em 8, 8 bilhões. Parece brincadeira tal afirmação.